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4 de agosto de 2017

Tema ao Senhor

“Tema ao Senhor e ao rei, meu filho, e não se associe aos dissidentes, pois terão repentina destruição, e quem pode imaginar a ruína que o Senhor e o rei podem causar?” (Pv 24.21,22 NVI).


Há algumas semanas vi uma ação policial ser posta em prática. Pichadores estavam emporcalhando um grande muro de uma avenida. Apesar de não se tratar de uma residência, o muro era bonito e dava um aspecto agradável à avenida — até que os pichadores o sujaram com sua tinta. Obviamente, a polícia os deteve por estarem depredando propriedade alheia. O curioso foi o conteúdo da pichação. Entre várias frases, estava escrito com grandes letras: “Jesus te ama”. Então eu percebi o choque que havia naquilo entre a obediência a Deus e às autoridades. Aqueles jovens, desejosos de espalhar a mensagem do evangelho, optaram por ignorar as diretrizes da sociedade, não no tocante a leis absurdas e ofensivas a Deus, mas em relação a leis que regulam a boa convivência entre as pessoas. Com toda razão seriam agora punidos de algum modo pelo sistema judiciário.


Salomão conhecia a política e acumulava boa experiência sobre o convívio dos cidadãos com as autoridades. Assim, ele diz que as pessoas estão sujeitas a dois poderes superiores: “O Senhor e o rei”. O ensino de temer Deus não é novo. O início do livro de Provérbios baliza as diretrizes da sabedoria justamente no temor ao Senhor (Pv 1.7). Entretanto, ele se vale desse ensino para introduzir outro: o temor às autoridades. Salomão quer que os homens respeitem o Senhor, mas que também respeitem as autoridades que estão sobre eles, sejam elas civis ou militares. Por isso, em revoltas contra o governo, ele orienta o sábio a que “não se associe aos dissidentes”, pois eles “terão repentina destruição”. A mensagem trata claramente da justiça de uma punição assim, questionando “quem pode imaginar a ruína que o Senhor e o rei podem causar?”. Ele não quer dizer que as autoridades têm o mesmo poder de Deus, mas que elas têm, sim, poder em suas mãos. Ele também não quer dizer que devam ser obedecidas como se fossem Deus, mas que, mesmo assim, devem ser obedecidas, temidas e honradas.


O apóstolo Paulo ensina a mesma coisa aos romanos, dizendo que “todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas” (Rm 13.1 — ver até o v.7). Pedro cobra dos cristãos uma postura honrada diante das autoridades, dizendo: “Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei” (1Pe 2.17). Portanto, ainda que as autoridades humanas o desagradem, lembre-se que para honrar a Deus é necessário assumir uma postura civil exemplar. Agir como infrator ou revoltoso não é o procedimento que o Senhor espera de seus filhos na transformação da sociedade. Isso somente acontece quando os crentes brilham a luz de Cristo em suas vidas. Por isso, em vez de pichar paredes alheias, marque as vidas das pessoas com seu exemplo. Em vez de lançar mão de uma rádio pirata, pregue às pessoas ao seu redor, uma a uma. Em vez de marchar com cartazes contra o governo, seja você mesmo um cartaz que ensina como um homem honrado age. Seu impacto será muito maior!

pr. thomas tronco

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