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9 de novembro de 2017

Rompendo Com o Pecado

Vi uma charge sobre a figura de Jó em dois quadrinhos. O primeiro estava escrito: Jó bíblico – sua oração era "Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor”. No segundo: Jó era gospel, sua oração foi “rejeito esta enfermidade, determino a cura, derrama a unção sobre mim, restitui tudo que perdi e realiza todos os meus sonhos”. Este segundo Jó reflete o que muitos acham sobre uma vida cristã vitoriosa.


O cristão de forma geral é melindroso, não se pode falar nada que fica ferido, acha que o céu existe por causa dele, pois vive determinando sua própria vontade.  Porém, o viver vitorioso bíblico não tem nada a ver com a visão gospel sobre prosperidade. Quem vive de forma vitoriosa, segundo a vontade de Deus,  tem uma atitude submissa e um comportamento santo diante da perseguição e do sofrimento. O apóstolo, em I Pe 4.1-6, fez uma exortação com o objetivo de levar os cristãos à santidade de vida. Todo aquele que é crente em Jesus precisa abandonar qualquer conformidade com este mundo. Convido você para fazermos três escolhas que nos ajudarão a abandonar a filosofia deste mundo.


1ª. Prefiro sofrer a pecar contra Cristo! Pedro dá duas orientações para nós: 1). Quem escolhe sofrer por Cristo está pronto para lutar contra o pecado: “Cristo sofreu corporalmente, armem-se também do mesmo pensamento” [4.1]. 2). O cristão não deve mais viver para satisfazer seus desejos carnais pecaminosos: “para que, no tempo que lhe resta, não viva mais para satisfazer os maus desejos humanos, mas sim para fazer a vontade de Deus” [4.2].


2ª. Prefiro abandonar o pecado a satisfazer a vontade dos incrédulos (4.3-4). Nesse momento Pedro dá dois conselhos. Um: Esqueça sua vida do passado no passado (4.3). Alguns cristãos parecem lamentar a perda da antiga vida, mas o que ficou no passado é vergonha (Rm 6.21). O passado sem Cristo foi uma vida desperdiçada: “No passado vocês já gastaram tempo suficiente fazendo o que agrada aos pagãos”. O passado sem Cristo só produziu coisas ruins: “Naquele tempo vocês viviam em libertinagem, na sensualidade, nas bebedeiras, orgias e farras, e na idolatria repugnante”. Vamos romper com o estilo de vida pecaminoso e estar preparado para sofrer rejeição dos incrédulos (v.4) porque eles [1] acham estranho que vocês [2] não se lancem com eles na mesma torrente de imoralidade, e por isso [3] os insultam.


A terceira e última escolha que você deve fazer para viver em santidade deve ser: Prefiro Cristo e sua justiça a ser punido no castigo eterno (4.5-6). Devemos ressaltar aqui duas verdades. Uma: todos os incrédulos terão que prestar contas ao Soberano Senhor: “Contudo, eles terão que prestar contas àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos”. Ninguém gosta disso, mas haverá um julgamento [Ec 12.14, Dn 7.9-10, Mt 25.46, Ap 20.11-15. Dois: O julgamento de Cristo trará recompensa e punição (Jo 5.24). Pedro disse que “Por isso mesmo o evangelho foi pregado também a mortos (crentes que estavam mortos no momento da escrita desta carta), para que eles, mesmo julgados no corpo (perseguição e morte) segundo os homens, vivam pelo Espírito segundo Deus”. Portanto, o Senhor Jesus trará recompensa para os que ouvem e creem no evangelho quer estejam vivos ou já partiram; e, punição para os rebeldes incrédulos: estejam eles vivos ou mortos.


Portanto, meus queridos irmãos e irmãs, como cristãos somos exortados a romper com o velho padrão de vida incrédulo, abandonar toda conformidade com este mundo e jogar a água suja do pecado fora para que possamos dar um passo na direção do sincero compromisso com Cristo, mas isso é assunto para o próximo estudo, até lá.


pr. Sebastião machado
08-nov_qual-eh-o-segredo

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