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5 de abril de 2017

Discriminação, Obra do Mau Coração!

“Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com favoritismo” (Tg 2.1).


O tema que Tiago aborda no capítulo 2 é sobre discriminação. Este assunto é muito relevante, pois vivemos numa época em que esta matéria estampa as primeiras páginas da Mídia. Discriminar é tratar alguém de forma pior ou injusta por causa de características pessoais, econômicas, sociais ou religiosa. O texto de Tiago 2.1-13 trata sobre os relacionamentos na Comunidade da fé, por isso o escritor bíblico faz três advertências aos “peregrinos da dispersão”: [1] Contra o perigo de discriminar pessoas, [2] Contra o perigo de agir como “juízes” fazendo julgamentos “malignos” e [3] Contra o perigo de tratar os outros sem misericórdia, principalmente os menos afortunados.


Numa matéria publicada em Jornal no dia 20/07/2016 o Bispo evangélico Marcos Klain, da Comunidade Bíblica da Graça, de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense pediu uma self ao Deputado Jean Willis que estava no mesmo voo para Inglaterra. Mas, infelizmente este líder evangélico publicou uma matéria ofensiva no seu facebook, ele escreveu: “Acho que o Jean pensou que meu sorriso era pela foto conseguida...mas ele não sabe que eu só queria colocar minhas mãos sobre ele para profetizar... ou se converte, ou morre! O Brasil é de Jesus!”


Meus queridos irmãos este tipo de atitude não contribui para o progresso do evangelho, pelo contrário denigre o testemunho cristão perante o mundo. A Mídia ganha um “prato cheio” para fazer suas críticas condenando o povo de Deus como “homofóbico, extremista e discriminador”. No mínimo faltou coerência na prática da fé deste homem que se diz pastor. A coerência do comportamento daquele que se diz cristão evidencia ao mundo que sua religião é verdadeira. O ponto de Tiago não é qual igreja ou teologia é a mais correta, mas se a fé daquele que professa ser cristão é coerente com sua vida. Coerência é aquela conexão entre dizer que é cristão [fé] e viver como cristão [prática].


Tiago, portanto, a fim de nos ajudar a tirar a discriminação do nosso comportamento nos convida para avaliar o próprio coração (2.1). Se formos de fato cristãos não podemos discriminar nenhuma pessoa, independente da sua condição ou posição. Segundo, somos chamados para aprender sobre os caminhos de Deus (2.5-7). A maneira como Deus age para cumprir seu propósito é muito diferente dos nossos pensamentos. “Deus escolheu os pobres para serem ricos em fé”, diz Tiago. Os métodos de Deus são opostos aos padrões deste mundo. Terceiro, somos instados a atender (obedecer) a Lei do amor (2.8-12). Fazer discriminação é quebrar a Lei que é tão sério como adulterar ou matar. E, por último, somos admoestados a agir com mais misericórdia (2.13). De fato, faltou misericórdia ao pastor no seu trato com o Deputado. Aqueles que têm uma postura dura e crítica contra os outros, na verdade revelam possuir um coração doentio, destituído de graça.


Como que o evangelho poderá ter maior impacto no Brasil, na nossa família, entre nossos amigos e na Igreja? O homem pós-moderno não está interessado na nossa verdade teológica, mas se a nossa vida manifesta coerência entre o que cremos com o que praticamos. Por isso, preste atenção em como você vive sua religião. Você ama o seu próximo?  Você trata os outros com misericórdia ou como um juiz fazendo julgamentos malignos? Tiago finaliza seu ensino exortando os cristãos para unirem a fé com a prática: “Falem e ajam como quem vai ser julgado pela lei da liberdade; porque será exercido juízo sem misericórdia sobre quem não foi misericordioso. A misericórdia triunfa sobre o juízo!” (Tg 2.12-13).


pr. Sebastião Machado

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