Meditação © Amplo Publications

12 de agosto de 2015

Vaidade, Tudo é Vaidade!

O termo Qohelet foi traduzido como Eclesiastes que vem de – eclesia – assembleia. O Qohelet é aquele que reúne em torno de si uma assembleia para ensinar, portanto ele é um sábio, um professor. Na abertura do livro, o escritor, demonstra toda a futilidade da vida debaixo do sol quando Deus não faz parte do nosso projeto de vida. Assim ele ensina que viver a vida como um fim em si mesmo é uma futilidade, um vazio ou vaidade. O real significado da vida se manifesta apenas quando se vive sob o temor do SNHR.

 

Salomão percorreu vários caminhos tentando encontrar satisfação e realização, mas ao final da sua vida percebeu que nada neste mundo, por si só, pode trazer realização pessoal. Sua visão não é pessimista, pelo contrário ele afirma que a vida deve ser vivida com responsabilidade como uma dádiva do Criador, sob o temor de Deus. Segundo o professor Carlos Osvaldo o alvo do Qohelot é estimular o temor do Senhor como a chave para uma vida significativa em um mundo que é, em tudo o mais, desprovido de significado.


Portanto, Salomão vai enfatizar no primeiro capítulo que todo esforço humano, se Deus não estiver na jogada, é desprovido de significado neste mundo sem significado e, por isso, não é capaz de trazer nenhuma realização verdadeira. Quero dar alguns exemplos para encerrar esta primeira parte. Você se lembra daquele funcionário da Globo - Russo – que trabalhou durante 48 anos para a Emissora, dedicou toda sua vida para fazer os artistas aparecerem no palco, mas na festa de 50 anos da Rede Globo ele foi preterido e não foi convidado. Pense no Retiro dos Artistas no Rio de Janeiro onde as velhas celebridades estão esquecidas e passando até necessidades básicas porque não mais interessam às emissoras. E, por último, quantos jogadores de futebol que outrora foram astros dos gramados e ajudaram a enriquecer muitos cartolas, mas que agora estão esquecidos e sem dinheiro para tratamento de saúde.


A mensagem de Salomão deve-nos levar a refletir sobre a nossa carreira. Para quê temos corrido tanto? Por quem temos corrido? Será que estamos correndo atrás do vento? Nas próximas meditações vamos entrar no mundo de Qohelet e aprender a desfrutar a vida como dádiva de Deus. Até lá.

pr. sebastião machado  pr. Thomas tronco 

12 de agosto de 2015

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