Meditação © Amplo Publications
Recentemente, recebi a seguinte mensagem:
Paz e Graça, Pr. Marcos.
Eu tenho uma dúvida sobre 1Timóteo 2.3-
Entretanto, acho que isso contraria a doutrina da eleição incondicional. Veja a contradição no silogismo abaixo:
1) Deus escolhe os eleitos de acordo com a sua soberana vontade;
2) Deus quer que todos os homens se salvem;
3) Deus escolhe apenas alguns para a salvação.
Conclusão: a vontade de Deus NÃO foi satisfeita. De acordo com esse raciocínio, haveria algo maior que limitaria a vontade de Deus. Logo, parece-
Desculpe prolongar-
Irmão Z
................
A pergunta do irmão Z circula pela cabeça de muita gente. Por isso, resolvi compartilhar com todos a resposta que enviei para ele:
Prezado irmão Z,
Obrigado por levantar essa importante questão. Espero poder ajudá-
De antemão, queria destacar que o silogismo não é a melhor maneira de se fazer teologia. Já usaram bastante esse método no período escolástico (quando tentaram casar teologia com filosofia) e o resultado não foi a obtenção de verdades bíblicas, mas sim um modelo tão distante das Escrituras que foi necessário o advento da Reforma pra tentar resolver um pouco as coisas.
Outra ressalva que quero apresentar é que eu creio sim que Deus quer que todos os homens sejam salvos. No entanto, penso que o texto de 1Timóteo não seria interpretado de forma absurda se entendermos “todos os homens” no sentido expresso nos vv.1-
Mesmo assim, creio que Deus quer que todos os homens sejam salvos. Só estou dizendo que o texto de 1Timóteo 2 não é o melhor texto para se defender isso, como pensam os arminianos.
O que eu disse, porém, leva à questão levantada por seu silogismo. Como se pode conciliar isso com a doutrina da eleição? Vou tentar explicar apresentando uma sequência de verdades:
1. Deus quer que todos os homens se salvem, pois é um Deus de amor infinito;
2. Deus quer também mostrar a sua justa ira sobre a humanidade pecadora — Rm 9.22 (essa parte dos fatos não foi levada em conta no seu silogismo);
3. Para conjugar esses dois anseios, Deus age não com base em suas “inclinações” (somente seu amor ou somente sua ira), mas sim por meio de um decreto eletivo (o beneplácito ou conselho de sua vontade, mencionado em Efésios 1). É aí que sua vontade afetiva cede lugar à sua vontade decretiva;
4. Assim, por meio da eleição, Deus realiza tanto o seu amor infinito como a sua ira justa.
Veja que, para entender isso, é preciso considerar que Deus quer TAMBÉM mostrar sua ira contra o pecado. Os arminianos não entendem (ou não aceitam isso), pois pintam um deus meio papai-
Issac Souza Brasilia-
Exposição extremamente lúcida. Os textos de Meditação têm sido uma grande bênção diária para mim. Que este site continue assim.
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