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22 de abril de 2015

Provérbios 22:6 é Garantia de Sucesso?

O texto abaixo consiste em uma das perguntas feitas ao Pr. Marcos Granconato no congresso Falando ao Coração realizado em Fortaleza (2006).



Se a 'Bíblia' é a verdade, por que o senhor disse que 'Provérbios 22.6' não é garantia de que a criança ensinada nos caminhos de Deus vai permanecer neles até o fim?



Eu disse isso por uma razão hermenêutica e uma razão lógica. A razão hermenêutica é a seguinte: o livro de Provérbios não é um livro de promessas. Devemos levar isso em conta ao interpretá-lo. Os provérbios querem nos mostrar resultados comuns das nossas ações num universo moral. Neles vemos que certos procedimentos, na maior parte das vezes, trazem certas consequências. Porém, os provérbios não garantem essas consequências. Veja, por exemplo, Provérbios 30.17. Já pensou se isso fosse uma promessa? O que o autor (ou autores) de Provérbios querem, contudo, é dizer que uma conduta ruim, geralmente, traz consequências ruins; e uma conduta boa, geralmente, traz conseqüências boas. Ele não promete isso, mas mostra que é isso o que podemos esperar num universo regido também por leis morais. É assim que devemos entender Provérbios 22.6. Não há ali uma promessa, mas sim a descrição de uma grande possibilidade, como ocorre em todo o livro.



A segunda razão (menos relevante que a primeira), como eu disse, é lógica. Basta observar a realidade ao nosso redor. Existem pais que ensinaram corretamente seus filhos e, no entanto, um ou outro deles, apesar de receberem a mesma orientação, desviaram-se. Será que a Bíblia falhou? Não. Ela simplesmente nunca prometeu que toda a boa orientação sempre seria bem acolhida.


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1  O título desta Meditação não é de autoria do Pr. Marcos Granconato.

pr. Marcos granconato 

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