Meditação © Amplo Publications
Lembre-
Você deve estar pensando: “Mas pra que então pregar? Se em Corinto havia eleitos, eles não creriam de qualquer jeito?”
Resposta: a doutrina da soberania de Deus ensina que o Senhor não escolheu somente QUEM vai ser salvo (os eleitos), mas também COMO esse alguém vai ser salvo. Esse como é descrito em 1Coríntios 1.21: “A Deus aprouve salvar os que creem pela loucura da pregação”. Assim, Deus alcança os que escolheu somente através do evangelismo — tarefa que é dada à igreja.
E da conjugação disso tudo que nos advém tanto o “peso” como o “estímulo” para pregar o evangelho. Sabendo que Deus salva pela pregação, assumimos o peso. Sabendo que Deus tem seus eleitos, recebemos estímulo e vamos em frente.
Bom, você também perguntou sobre orar pela salvação das pessoas, dizendo que, se Deus já decretou tudo, orar é algo inútil. Tudo bem! Entendo a lógica do seu pensamento. O problema é que essa lógica não se aplica aos ensinos bíblicos. Aliás, na Bíblia a lógica é outra, pois os homens de Deus oram pedindo que Deus faça exatamente o que decretou! Em outras palavras: o decreto estimula a oração! Vou exemplificar pra ficar mais claro: Davi orou pedindo que Deus firmasse o seu trono. Ele fez isso assim que Deus revelou seu decreto de lhe firmar o trono! Daniel orou por Israel quando o exílio completou 70 anos, mesmo sabendo que Deus havia decretado que o exílio durasse 70 anos. Finalmente, João, ao saber do plano de Deus referente à volta de Cristo, orou suplicando: “Vem, Senhor Jesus!”.
Como vê, a lógica humana não se encaixa muito na piedade bíblica. Nas Escrituras, os homens de Deus oram pelo cumprimento dos decretos, mesmo sabendo que os decretos se cumprirão! O fato é que, ao que parece, Deus quer que oremos mesmo sabendo que ele decretou todas as coisas para que nos tornemos participantes da realização de seus planos na maravilhosa história da salvação que se desenrola diante dos nossos olhos. É assim que, pela oração, participamos ativamente da redenção de pessoas que eram eleitas e não sabíamos até agora, suplicando com lágrimas por quem o Senhor conheceu, amou e escolheu muito antes de agora.
Abraço fraternal.
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