Você é ‘senhor’ ou  ‘servo’ do dinheiro?

A questão do dízimo é um assunto polêmico. A matéria gera dificuldade e resistência em muitos cristãos.  Em algumas igrejas, o dízimo é tratado como objeto de barganha e, por isso, recebe excessiva ênfase. Ao mesmo tempo, em outros lugares, muitos cristãos não se submetem à exortação bíblica de ofertar ao Senhor.

O pastor Daniel Brown expõe com humor, animação e entusiasmo os tesouros práticos da Bíblia. Ele diz: “Imagine que você está doente. O seu vizinho cozinha a mais e, sempre, lhe traz uma travessa com comida. O vizinho está suprindo suas necessidades. Você pode comer de consciência tranqüila o que ele lhe trouxer. Ele diz que você pode inclusive guardar a sobra, e até repartir com outros. Apenas uma coisa você não deve fazer:  ficar com a travessa dele.  Isto seria descaramento.  A travessa pertence ao vizinho.  Em todo caso, é provável que, se você ficar com a travessa, ele não irá lhe trazer a comida de novo.  “O dízimo”, diz o Pr. Daniel Brown, “é a travessa”.  E o “Vizinho” é Deus.  Na verdade, toda a comida pertence a Deus.  Mas podemos usá-la para nós.  Podemos guardar uma parte, podemos repartir.  Como quisermos.  Mas Ele quer a travessa de volta.  E se formos fiéis nisso, teremos a experiência de vê-Lo todos os dias prover para nós e sempre encher a travessa novamente”.

O cristão não está debaixo da LEI Mosaica.  No sentido de Lei o dízimo foi abolido. Aos cristãos Hebreus foi dito: “Certo é que, quando há mudança de sacerdócio, é necessário que haja mudança de lei” [ Hb 7:12] e, ainda diz: “a ordenança anterior é revogada, porque era fraca e inútil” [Hb 7:18]. Portanto, o cristão não está debaixo do sacerdócio levítico, mas do sacerdócio de Cristo “porquanto sobre ele [Jesus] é afirmado: ‘Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque’”.

O cristão deve dizimar ou contribuir?  Sim! O princípio do dízimo permanece inalterável. O que mudou foi a natureza do ato. Antes, o crente do VT, dizimava por obrigação, mas agora o cristão dizima por gratidão. Porém, tanto no Velho como no Novo Testamento, o princípio permanece o mesmo, ensinar aos crentes que os bens materiais devem ser usados para honrar a Deus, sendo aplicados em seu serviço, para sua glória [ Pv 3:9].

Portanto, todo cristão fiel que deseja agir de forma responsável deve cooperar financeiramente para que a obra de Deus seja mantida e levada adiante neste mundo [Atos 4:34-37; 11:29-30]. Devolver o dízimo revela muito sobre a fé daquele que dizima.  Aquele que oferta com generosidade e gratidão reconhece que as bênçãos e os êxitos adquiridos na vida vêm de Deus.  O cristão sabe que não está obrigado pela lei mosaica a dizimar, mas contribui entendendo que é a bondade de Deus que o mantém de pé. Agindo assim o cristão demonstra que é senhor e não servo do dinheiro. Paulo aconselha aos cristãos  de Corinto [e a nós]: “Este é meu conselho: convém que vocês contribuam. Cada um contribua conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” [II Co 9:7].

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