Eu, Um Anjo? escrito por 17 de abril de 2014 Armindo Lobato

Quando passei pela experiencia de uma cirurgia de hérnia, tive que ficar afastado do meu trabalho por trinta dias.  No sexto dia da minha recuperação, estava à mesa almoçando com minha esposa quando avistamos pela janela um carro preto parando em frente à nossa casa. Ficamos surpresos porque não conhecíamos aquele carro nem esperávamos ninguém para uma visita nesse dia. De repente, meu telefone tocou. Era uma colega de trabalho que estava trazendo flores e um cartão assinado por todos que trabalhavam comigo, desejando-me boa recuperação.


Naquela semana, maior surpresa do que essa não poderia acontecer. Seria natural receber telefonemas e visitas de familiares e irmãos da igreja, mas receber um cartão de pessoas sem muita intimidade comigo foi uma surpresa muito agradável.


Mas as surpresas não pararam por ai. Ao ler as dedicatórias do cartão, deparei-me, literalmente, com a maior de todas elas, que naquele momento se tornou na maior surpresa desde que começei a trabalhar nessa empresa. Existia um rapaz que pouco falava comigo, e pela sua maneira de se vestir e estilo de corte de cabelo, parecia demonstrar ser alguém pouco interessado pelas coisas de Deus. Mas, surpreendentemente, ele escreveu uma dedicatória nos seguintes termos: “A Bíblia diz por suas pisaduras nós fomos sarados... Basta crê e você verá a Sua glória e mão curadora na sua  vida.”


Às vezes ignoramos pessoas que estão ao nosso lado dirariamente somente porque elas não encaixam no nosso padrão de vida ou até mesmo na nossa classe social. Hebreus fala que devemos abrir as portas do nosso lar para hospedagem.  Mas como vou abrir a porta da minha casa se a porta do meu coração está fechada para um simples relacionamento com alguém que parece estranho para mim? Hebreus diz que alguns praticando a hospitalidade, sem saber, hospedaram a anjos. Quem sabe se o meu interesse em conversar com um estranho não me levará a conhecer um anjo de fato!


É evidente que nossa motivação em falar com pessoas que não conhecemos não deve ter a espectativa de ver “anjos”, mas sim, simpatizar com o próximo, com aquele que vejo todos os dias e não digo nem um “bom dia” para ele, ou sequer faço um contato visual.


Agora imagine, se eu me interessar mais e mais em pessoas de agora em diante, não poderei ser um anjo das boas novas para  aqueles que estão necessitados do Salvador?