O Caminho Mais Excelente (final) escrito por 21 de novembro de 2014

Chegamos ao fim da meditação sobre o caminho mais excelente. Até aqui vimos que há um caminho superior que leva para a maturidade e produz fruto para eternidade. Temos afirmado que somente quando o cristão busca incansavelmente o amor irá contribuir para a maturidade da igreja. “Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente”. Tenho desejado incutir no nosso coração que a maior prova da espiritualidade cristã não são os dons extraordinários, mas a manifestação do verdadeiro amor. Apresentei até aqui duas informações preciosas sobre o amor: 1). A preeminência do amor e, 2). As propriedades do amor. Agora passo a fornecer a terceira e última informação preciosa do verdadeiro amor: a permanência do amor [I Coríntios 13:8-13].


Na tradução da ARA diz que “o amor jamais acaba” e, na NVI que “o amor nunca perece”. Neste bloco de pensamento Paulo vai contrastar a transitoriedade – a efemeridade - dos dons com a durabilidade do verdadeiro amor. O ensino bíblico é de que os dons irão passar, mas o amor permanecerá! Profecia, línguas e conhecimento que eram os dons motivadores das divisões e as desordens na Igreja, são efêmeros, provisórios, com tempo de validade. O povo de Deus briga por coisas banais!


Você já assistiu ao filme “O Nome da rosa”?  É um romance de Umberto Eco, lançado em 1980, que se passa na Idade Média - em 1327 d.C - quando o “riso” era considerado pecado para a Igreja. O envia a Inquisição para apurar uma heresia. O filme traz uma cena em que Franciscanos e Inquisidores discutem sobre Cristo ter ou não ter uma bolsa. Se ele não tivesse, a posição franciscana seria vencedora e todos os cristãos deveriam ser pobres. Se ficasse provado que ele carregava uma bolsa, então o Clero sairia vencedor e não seria considerado pecado a Santa Sé viver no luxo. Enquanto todos estão envolvidos e ensimesmados dentro do Mosteiro naquela discussão teológica, do lado de fora, a população vivia na mais profunda miséria, passando fome literal, de Deus e de comida.

 

Penso que o mesmo ocorria em Corinto e, questões semelhantes ocorrem nos dias de hoje, entre os Calvinistas e Arminianos, Reformados e Pentecostais, Tradicionais e Liberais. E a luta continua a mesma, com discussões “teológicas profundas” promovendo divisões e desordens na igreja de Deus. Se tão somente trilhássemos o caminho mais excelente e entendêssemos que pessoas são mais importantes que posições e coisas, então ao praticar do verdadeiro amor uns para com os outros, o mundo acreditaria que realmente somos discípulos do Senhor Jesus Cristo (João 13:34-45).  


Tenhamos isso em mente, irmãos e irmãs, que somente “quando vier o que é perfeito”, que penso ser a segunda vinda do Senhor Jesus, é que teremos plena certeza das coisas, pois atingiremos a perfeição.  Todavia, enquanto isso não ocorrer, devemos estar prontos a abandonar certas coisas de menino [v.11ª], abrir mão de defesas acaloradas e avançar para coisas maiores dos adultos [v.11b] porque agora “permanecem a fé, a esperança e o amor” [v.13], mas o caminho mais excelente e que prevalece, pois é superior, é o verdadeiro amor. E é o que permanecerá na presença de Deus, pois “Deus é amor”, portanto ande nesse caminho!

Home

pr. sebastião Machado 

COMENTAR