A convivência
Nas últimas semanas foram publicadas duas pastorais sob o título Os três fatores que perfazem o casamento. Foi dito ali que, para que o vínculo conjugal exista, é necessária a ocorrência de três elementos: a vontade livre, o ato solene e o intercurso sexual. Nesta pastoral e na próxima serão expostos os efeitos do surgimento do vínculo.
Assim, diga-
Convivência, o efeito programado do casamento — A convivência é o efeito programado do casamento porque quem se casa, obviamente, o faz com o objetivo assumido e consciente de conviver. De fato, ao deixar pai e mãe, o indivíduo que se une ao seu cônjuge tem planos de morar sob o mesmo teto, construindo um lar, um patrimônio e uma história ao lado da pessoa com quem se casou.
O casamento é o fator que legitima essa convivência e a Bíblia mostra que esse efeito programado da união conjugal deve ser regido por diretrizes que o próprio Senhor fixou, a fim de que seja feliz, realizadora e edificante.
A primeira lição que emana das Escrituras sobre a convivência do casal casado é que ela deve ser marcada por uma vida sexual dinâmica (Pv 5.15-
A convivência do casal também deve ser marcada pela sujeição (Ef 5.21). O marido deve se sujeitar à sua mulher movido pelo amor, do mesmo modo como Cristo se sujeitou em amor à igreja (Ef 5.25). Algo, porém, deve ficar bem claro neste ponto: assim como Cristo é o líder da igreja, também o marido é o líder do lar (Ef 5.23; 1Tm 3.4,12). Por isso, a sujeição do marido não é do tipo que obedece, mas sim do tipo que se sacrifica (Ef 5.25b). Se acaso o marido se sujeitar à esposa como quem obedece, inverterá o modelo estabelecido por Deus e o lar ficará desestruturado.
Algo também importante a se destacar é que ao se sujeitar sacrificialmente à esposa, conforme estabelecido na Bíblia, o marido deve ter como alvos sublimes protegê-
Se o traço principal da sujeição do marido é o amor que se sacrifica, o traço principal da sujeição da esposa é o respeito que se rende. Sua sujeição é, portanto, do mesmo tipo que a igreja deve a Cristo (Ef 5.22,24). Isso implica auxílio (Gn 2.18), dedicação (Pv 31.13-
Os cônjuges também devem conviver livres de amarguras, rancores, brigas e disposições ofensivas. Em vez disso, a esposa deve ser pacífica, dócil e serena (Pv 31.12; 1Pe 3.1-
(Continua)
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