A Maldição Que Não Pega escrito por 28 de janeiro de 2015

“Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz, assim a maldição sem motivo justo não pega” (Pv 26.2 NVI).


Certa vez, um comerciante escreveu o seguinte: “Às vezes acho que meus concorrentes fazem mais por mim que meus amigos. Meus amigos são educados demais para apontar minhas fraquezas, mas meus concorrentes se esforçam muito para anunciá-las. Meus concorrentes são eficientes, diligentes e atentos, fazendo-me procurar formas de melhorar meu produto e meu serviço. Se eu não tivesse concorrentes, poderia ser que eu fosse preguiçoso, incompetente e desatento, de modo que eu preciso da disciplina que eles me forçam a ter. Saúdo meus concorrentes! Eles têm sido bons para mim. Que Deus abençoe a todos eles!”.


Isso significa que nem todos os esforços que têm como objetivo causar o mal alheio têm sucesso em seu intento. O mesmo vale para a “maldição”. Trata-se de dizeres cuja intenção é atrair sobre alguém maus agouros. Excluindo o lado supersticioso dessa visão, há alguns tipos de ações que atraem malefícios reais sobre as pessoas como maledicência, acusações falsas, intrigas e falsos testemunhos. A diferença é que, nesse caso, trata-se de uma “maldição sem motivo justo”. É claro que, para isso, é necessário que aquele que é alvo das injustiças seja de fato inocente das acusações, primando sempre por ser encontrado de modo irrepreensível, corrigindo erros e sendo humilde o suficiente para mudar sempre para melhor. Nesse caso, nem todos os esforços para trazer algum tipo de maldição sobre o justo serão efetivos, de modo que Salomão explica que “a maldição sem motivo justo não pega”.


Para ilustrar essa feliz verdade, o escritor se vale da comparação com “o pardal que voa em fuga e a andorinha que esvoaça veloz”. Esses dois tipos de pássaro são conhecidos por sua agilidade em voar ligeiro de um lugar para outro e fazer manobras rápidas. Tão logo pousem já estão prontos a partir e dificilmente passam muito tempo em um lugar apenas. A figura ligada à transitoriedade da presença fixa dessas aves serve para ilustrar a volatilidade dos ataques que atingem o inocente. É verdade que eles surgem e chamam a atenção das pessoas assim como aves esvoaçantes que cortam os ares na frente de muitos olhos. Porém, como esses pássaros partem rapidamente, o mesmo ocorre às acusações injustas sobre o inocente. Basta algum tempo para que as pessoas consultem os fatos, observem o desenrolar da história e tomem o caráter de cada parte como fator de análise e decisão para que o justo seja inocentado. Além disso, o Senhor sempre está ao lado dos justos e inocentes que o servem. Seja um deles!


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pr. Thomas Tronco 

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