O Acadêmico e Deus escrito por 29 de julho de 2014 Isaac Souza

Dia 19 de julho (2014), um famoso acadêmico brasileiro veio a óbito. Ele havia sido pastor em diferentes cidades e professor de um seminário evangélico no sudeste do Brasil. Lá pela década de 1970, ele foi expulso de sua docência do referido seminário, por causa de seu ensino desconcatenado com a teologia reformada. Produziu um livro onde denunciava o protestantismo como agência de repressão.


Durante algum tempo, sustentou sua fé despejando suas mágoas nos crentes e construindo uma teologia natural, cada dia mais distante da revelada. Mais recentemente, em um depoimento televisionado dizia que Deus tinha ficado pequeno para sua inteligência inquiridora.


Assim, faleceu como professor universitário. Ele havia dito que não tinha medo da morte, mas tinha medo de morrer, porque morrer era doloroso e humilhante. Assim, ele dialogava com a morte: “Voltarei para o lugar onde estive sempre, antes de nascer, antes do Big Bang? Durante esses bilhões de anos, não sofri e não fiquei aflito, para que o tempo passasse. Voltarei para lá até nascer de novo.”


Alguns podem conluir que esse acadêmico abandonou o cristianismo mas não a religião; que pode ter abandonado a ressurreição mas não a ideia de reencarnação; que desprezou a Bíblia mas não escritos diversos. Eu simplesmente diria que ele foi despedido do seminário com toda razão, pois lá vive-se o cristianismo, prega-se a ressureição e preza-se as Escrituras como a Palavra de Deus, que vive para sempre e para junto do qual vão os crentes quando tiverem seu óbito físico. De fato, esse acadêmico, há muito tempo, não tinha mais nada a ver com isso, pois sua esperança (nome de sua teologia) estava em um lugar indefinido, sem a presença de Deus, antes e depois do seu Big Bang.

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