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7 de março de 2017

A Casa do Justo

“A casa do justo contém grande tesouro, mas os rendimentos dos ímpios lhes trazem inquietação”. Provérbios 15.6


Ouvi falar de um homem, em uma cidade em que morei, que passou a vida trabalhando duro para sustentar a vida e dar condições de seus filhos estudarem. Nunca teve vícios, nem se envolvia com pessoas ruins. Qualquer pessoa que o conhecia dizia se tratar de um homem de bem e trabalhador responsável. Foi assim até que suas terras foram desapropriadas para a construção de uma represa. A indenização foi muito boa e ele recebeu mais dinheiro do que jamais imaginou ter — ninguém sonhava que sua terra valeria tudo aquilo. Mas quando todos pensavam que esse era o merecido prêmio por uma vida sofrida para aquele homem, o dinheiro que recebeu se pareceu mais com uma maldição do que com uma bênção. Isso porque, sem precisar mais trabalhar duro de sol a sol, aquele senhor resolveu aproveitar seu tempo para passar com os amigos no bar. Tornou-se um alcoólatra e praticamente destruiu sua família.


Essa triste história é tanto infeliz como recorrente. Assim, o modo de utilizar os bens também é assunto que separa os sábios dos tolos. O texto inicia sua análise pela “casa do justo”, a qual pode significar seu domicílio ou sua família — ou ambos, o que se torna real diante das conclusões do ensino presente. Assim, é dito que sua casa “contém grande riqueza”. Pela sabedoria e pelo temor de Deus, o que o justo possui é empregado de maneira boa e edificante, servindo para suprir a família, socorrer suas necessidades, trazer paz no que tange a coisas que precisam ser adquiridas e garantir o futuro de todos. Por não utilizar mal seu dinheiro, o justo nem cria problemas para os seus, nem desperdiça o dinheiro para o necessário suprimento no presente e no futuro.


Para o tolo, o dinheiro age de maneira bem diferente. “Os rendimentos dos ímpios”, em lugar de lhes trazer tranquilidade, suprimento e conforto, frequentemente “lhes trazem inquietação”. Isso ocorre porque, assim como na história contada anteriormente, o tolo não tem temor a Deus e um caráter firmado no bem para saber priorizar o que é correto. Ao contrário, o dinheiro lhe abre portas para o que seu coração corrompido deseja. É por isso que vemos tão comumente pessoas que recebem seus pagamentos e o gastam quase instantaneamente com noitadas, diversão, bebidas e farras. O resultado são as consequências ruins de atitudes desregradas como essas e a carência no restante do mês do que foi desperdiçado de maneira tão vil. Por isso, infelizmente, muitas pessoas vivem de modo mais seguro quando não têm o que precisam. E o problema não é social ou governamental, mas um que guarda relação com a rebeldia a Deus e a tolice do coração. O homem, para ser sábio, não precisa saber apenas como ganhar seu dinheiro, mas também como utilizá-lo.

pr. thomas tronco

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1  O Pr. Thomas Tronco não deu título a esta meditação. 1