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9 de outubro de 2017

O Poder da Boa Notícia

“Como água fresca para a garganta sedenta é a boa notícia que chega de uma terra distante” (Pv 25.25 NVI).



Richard Burdon Haldane (1856-1928), secretário de Guerra e chanceler britânico, escreveu uma carta por dia para a sua mãe durante 48 anos. Começando em 1877, quando seu pai morreu, ele prosseguiu com seu hábito diário até 1925, quando sua mãe morreu com a idade de cem anos e seis semanas. Lorde Haldane, que também era filósofo, nunca deixou de escrever cartas para ela nem um único dia. Não é de admirar que sua mãe tenha vivido tanto tempo, já que se sentia amada e parte integrante da vida do filho.



Um dos problemas que sempre afligiram o homem é a distância de entes e amigos queridos. Mesmo hoje, com tantas facilidades em termos de transporte, a distância e a separação ainda causam sofrimento. Contudo, no passado isso era ainda pior, pois as viagens demoravam mais tempo e limitavam a quantidade de traslados — às vezes, até os impedia —, além de tornar a comunicação cara e demorada. Assim, era comum as pessoas passarem anos sem notícias de seus prezados parentes e companheiros. Por isso, “a boa notícia que chega de uma terra distante” é comparada por Salomão à “água fresca para a garganta sedenta”. A figura apela para uma situação de angústia de alguém a quem falta água. O alívio que tal pessoa sente ao beber água em sua condição perfeita, fresca e limpa é o mesmo tipo de alívio que sente alguém que anseia por notícias de seus queridos e finalmente as recebe.



A sociedade moderna tem nos ensinado a viver sozinhos. Apesar do grande número de pessoas com quem convivemos diariamente e dos inúmeros meios de comunicação, muitos deles gratuitos, temos nos desinteressado pelos relacionamentos, preferindo viver isolados. Mas nem todo mundo adere a esse pensamento, especialmente os mais velhos. As pessoas se preocupam conosco e querem nossa presença e atenção. Basta ver como Jacó se reanimou quando ouviu notícias de José vindas do Egito (Gn 45.27) e como Paulo que se sentiu consolado ao saber, por meio de Timóteo, das novas acerca da igreja de Tessalônica (1Ts 3.5-8). Assim, nós temos o dever de prover as pessoas queridas de companhia, atenção e amor da nossa parte. Esse é um investimento muito mais importante e proveitoso que o próprio dinheiro. O cuidado que se deve ter é não se aproximar nem conviver com pessoas ruins. Contudo, somos responsáveis por nossos queridos e eles por nós. Aproveite enquanto pode!


pr. thomas tronco

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