Meditação © Amplo Publications
“Você conhece alguém que se julga sábio? Há mais esperança para o insensato do que para ele” (Pv 26.12 NVI).
Certa vez, um dos alunos da escola de pregadores de Charles Spurgeon subiu ao púlpito para pregar um sermão com uma forte expressão e postura de confiança. Infelizmente, as coisas não correram como ele esperava, tornando aquele momento uma experiência extremamente difícil para o jovem pregador. Ele desceu do púlpito angustiado, com o coração quase partido, e foi direto até Spurgeon. As palavras do seu professor foram as seguintes: “Se você tivesse subido ao púlpito do mesmo modo como desceu, então você teria descido dele do mesmo modo como subiu”.
Um sério problema que a humanidade tem é relativo à imagem que cada um faz de si mesmo. Algumas pessoas costumam olhar para si e menosprezar o que veem. Isso em si já é ruim, pois não se trata de uma análise com base na verdade. Porém, o problema mais frequente é o oposto desse, a saber, que o homem olha para si e vê muito mais do que deveria. É claro que se trata de uma visão seletiva, treinada para ver pontos positivos — e até aumentá-
Mas a segunda e pior parte do problema é que ele é muito difícil de corrigir. Na verdade, aquele que se acha sábio é muito mais difícil de corrigir que o tolo comum. O homem insensato e limitado tem noção dos seus defeitos e limites, mas o que pensa ser sábio não acha de modo algum que precisa mudar para melhorar. Por isso, ele não aceita conselhos ou repreensões, fazendo jus ao dito de Salomão de que “há mais esperança para o insensato do que para ele”. Se você não quer ser aquele que comete uma estupidez desse tipo, seja humilde, balize sua vida pela Palavra de Deus e ouça sem reservas o que as pessoas têm a dizer sobre suas fraquezas. Comece ouvindo o excelente conselho do apóstolo Paulo para os orgulhosos: “Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu” (Rm 12.3).
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