Meditação © Amplo Publications
Que Deus, nosso Pai, e nosso Senhor Jesus nos encaminhem a vocês em breve. E que o Senhor faça crescer e transbordar o amor que vocês têm uns pelos outros e por todos, da mesma forma que nosso amor transborda por vocês. E, como resultado, que Deus, nosso Pai, torne seu coração forte, irrepreensível e santo diante dele para quando nosso Senhor Jesus voltar com todo o seu povo santo. Amém (1Ts 3.11-
Qual é a receita da santidade? Já li muitos livros que respondem a essa pergunta. Todos eles falam sobre negar-
Há, porém, um ingrediente na receita bíblica da santidade que nem sempre é mencionado como remédio capaz de curar a fraqueza, a depravação e o desvio. Esse ingrediente é o amor. Notem bem: eu não estou dizendo que os livros evangélicos não tratam desse tema. Eles tratam e talvez o abordem até mais do que qualquer outro assunto. O que quero dizer é que raramente os livros evangélicos apontam o amor como fator que enfraquece o mal que há em nós e estimula a pureza na vida diária.
É curioso, porém, que o texto transcrito acima indica exatamente esse vínculo entre amor e santidade. Há, de fato, uma conexão entre os versículos 12 e 13 do tipo que estabelece entre ambos uma relação de meio e propósito. Isso fica claro no texto grego, ainda que algumas traduções nem sempre deixem transparecer esse nexo entre os dois versículos.
Deixem-
Tendo mencionado seu segundo pedido de oração, o apóstolo prossegue apontando a que o crescimento no amor vai conduzir, isto é, a um coração forte. Isso significa que o crente que ama intensamente provará uma realidade interior marcada por firmeza, coragem e perseverança. Em outras palavras: tendo muito amor, os tessalonicenses seriam também muito fortes! O que se vê aqui, portanto, é exatamente o contrário do que sugerem às vezes por aí, quando apresentam pessoas amorosas como gente ingênua, frágil e carente de amparo.
E Paulo vai adiante. Tornando-
É curioso notar que a linguagem adotada no versículo 13 sugere o cenário de um tribunal em que Deus figura como juiz. Paulo está, assim, ensinando que os crentes que amam de verdade se transformam em pessoas fortes que podem comparecer serenas diante do Juiz Supremo, posto que não se deixam levar pelo mal e empregam sua vida apenas no serviço dele.
Eis aí, então, mais um ingrediente bíblico para a receita da santidade: o amor! Isso, fatalmente, joga no lixo a figura do santarrão que é ranzinza, carrancudo e distante das pessoas. Esse tipo de “santão” é só um ator antipático que, cedo ou tarde, se envolverá em algum escândalo. O “santão” de verdade, ao contrário, é o crente que adquiriu a força de caráter que vem da prática de um amor gigante. Por isso, fica aqui o desafio: cresça em amor se quiser adquirir força interior na luta contra o mal. Cresça em amor se quiser mesmo ser um homem santo.
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