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16 de novembro de 2017

Amados de Deus

“Amados, não se surpreendam com o fogo que surge entre vocês para os provar, como se algo estranho lhes estivesse acontecendo” (I Pe 4.12).

 

Como disse anteriormente quando Hudson Taylor entrevistava alguém que queria juntar-se à missão ao interior da China, tomava chá com o candidato. A dada altura da entrevista, ele embatia na chávena, entornando o chá na mesa. Depois disso perguntava: “O que é que saiu da chávena?” Espantados os candidatos respondiam o óbvio: “Chá!” Taylor dizia então: “Aquilo que se aplica a esta chávena, aplica-se à sua vida. O que está dentro de você será derramado sempre que sofrer um embate”.  


O apóstolo Pedro se dirigiu aos “peregrinos e forasteiros” que passavam por todo tipo de provações na Ásia e, esta mensagem tem falado ao nosso coração nos últimos dias. Quando o cristão passa pelo sofrimento e luta com confiança sem desistir aprende que esta é a forma de Deus abençoar e aperfeiçoar o seu povo. O texto de I Pedro 4.12-19 ensina algumas lições preciosas para lidar com o sofrimento porque ninguém está isento de passar por tempos difíceis nesta vida: “Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos” - (Hb 12.8).


1ª. Lição: Como cristãos, precisamos saber que somos amados por Deus (4.12ª). Amados é uma linguagem amorosa e pastoral do apóstolo. Aqueles crentes dispersos na Ásia que passavam por todo tipo de provação precisavam saber que eram objetos do amor de Deus. Nós também precisamos aprender esta preciosa lição. Existem muitos cristãos como o filho mais velho da parábola do filho pródigo que não se sentem amados, pois têm uma mentalidade de escravo, e não de filho.


2ª. Lição: Como cristãos, precisamos aceitar o sofrimento (4.12b). “Não se surpreendam com o fogo que surge entre vocês para os provar, como se algo estranho lhes estivesse acontecendo”. O fato de sermos crentes, filhos de Deus e de servirmos a Deus não nos dá isenção nem imunidade ao sofrimento. John Bunyan casou-se aos 21 anos, foi conduzido a Cristo e da sua união teve quatro filhos: Mary, Elizabeth, John e Thomas. Mary, a mais velha, nasceu cega. Após dez anos de casamento, sua esposa morreu, John Bunyan estava com 31 anos. Um ano depois, em 1659, ele se casou pela segunda vez. No ano seguinte, ele foi preso por pregar a Palavra de Deus enquanto caminhava para realizar um culto a doze quilômetros da sua cidade. Sua esposa Elizabeth Bunyan estava grávida e teve um aborto durante a crise. Então, ela cuidou das quatro crianças, como madrasta, sozinha, por doze anos, enquanto John Bunyan estava preso e aproveitou para escrever O Peregrino.


Quando o sofrimento bate à nossa porta temos dificuldades para aceitar que somos filhos amados de Deus e que as provas têm objetivos elevados nas mãos do Senhor. Por isso, não fique ressentido nem desanimado achando que o sofrimento é uma punição na sua vida, pelo contrário, aceite o fato e não fique ressentido, mas aproveite para tirar algo de bom para sua edificação e para glória de Deus.


pr. Sebastião machado
15-nov_os-desigrejados-do-bem

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