Meditação © Amplo Publications

18 de abril de 2017

Mundanismo, Seus Efeitos

“Vocês invejam o que outros possuem, lutam e fazem guerras para tomar deles” (Tg 4.2).



Tiago tem nos ensinado que o mundanismo tem a sede de poder no coração do ser humano, uma fonte que jorra todo tipo de rebelião, seja contra Deus ou contra o próximo. Penso que Tiago não seria um pregador muito popular nos nossos dias porque não é do tipo politicamente correto, mas fala direto, não assopra, mas bate com força. Para o escritor bíblico há dois efeitos destrutivos do mundanismo na comunidade da fé.


O primeiro efeito do mundanismo é a comunhão quebrada entre os irmãos. Os cristãos a quem Tiago escreve sua carta estão vivendo em “discussões e brigas”; “invejas, lutas e fazendo guerras”. Todos estes termos indicam um grande problema relacional dentro da comunidade daqueles que se chamavam pelo nome de Cristo e que deveriam promover a paz. Quando a igreja vive este tipo de testemunho os incrédulos têm maiores dificuldades para crer que Deus enviou Jesus para ser o Salvador (Jo 17.21). Cristãos briguentos não dão evidências de que são verdadeiros discípulos (Jo 13.34) e, infelizmente, ainda hoje observamos este efeito dentro das nossas igrejas.


O segundo efeito do mundanismo, segundo ensina Tiago, é a devoção afetada. Observe que o mundanismo toma o melhor do seu tempo e da sua disposição física, emocional e espiritual. Por isso, Tiago diz que os seus leitores não recebiam respostas de oração porque não pediam, ou seja, não oravam. É lamentável ouvir dos lábios de cristãos que eles não têm tempo para se dedicar a oração e leitura, e esta desculpa é mais comum do que imaginamos. Além da falta de orações, quando aqueles crentes oravam também não recebiam resposta porque suas orações eram motivadas pelo mundanismo, os motivos pelos quais oravam fazia Deus “surdo” aos seus clamores: “E, quando pedem não recebem, pois seus motivos são errados; pedem apenas o que lhes dará prazer” (Tg 4.3).


 Meus queridos irmãos que estes efeitos do mundanismo não sejam vistos nem na nossa vida pessoal nem na nossa comunidade da fé. Nós precisamos antes disso, apropriar-nos do que somos em Cristo: 1 João 5.4-5, diz: "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?”


Temos que tomar posse daquilo que somos em Cristo Jesus! Quando eu era Aspirante a Oficial do Exército comandava o Segundo Pelotão da Primeira Companhia. Sempre que eu ia apresentar o Pelotão para o Comandante da Companhia, um sargento chegava atrasado e entrava em forma, sem me pedir permissão. Ele estava desafiando minha autoridade na frente de todos, pois eu era um jovem oficial e sem experiência. Certa vez, quando formei o Pelotão e estava para apresentar o Pelotão ao Comandante, lá veio o tal sargento e entrou em forma. Então, usei minha autoridade de Oficial e ordenei que ele saísse de forma, e que, primeiro pedisse permissão para entrar em forma. Então, aquele sargento desconsertado, colocou-se no seu lugar, bateu continência para mim e pediu permissão para formar fila no Pelotão e nunca mais ele me desafiou.


pr. Sebastião Machado

 COMENTAR

Leia a Meditação Anterior 
17-abr_alegria-de-pai