Meditação © Amplo Publications
Quando Agostinho de Hipona era jovem, sentiu-
Os maniqueus formavam uma seita pequena e sinistra. Receberam seu nome de Mani, um profeta persa do século 3 que ensinava uma forma de dualismo. Para Mani, o bem e o mal se deviam à existência de duas entidades distintas, opostas entre si: um Deus bom e um demônio hostil, ambos eternos e com o mesmo poder.
Com o tempo, Agostinho percebeu as inconsistências dessa explicação e se decepcionou quando tentou saná-
O que ficou, então, conhecido como “A teodiceia de Santo Agostinho” se tornou quase universalmente aceito pela ortodoxia cristã, satisfazendo, até certo ponto, as expectativas levantadas pelas intrigantes questões que surgem quando se observa a presença da dor e da injustiça num mundo criado por um Deus bom e onipotente.
Muito bem. Acredito sinceramente que temos de dar os parabéns a Agostinho (ou a Plotino) por nos auxiliar a compreender a natureza do mal. O problema, porém, que permanece, é que se essas reflexões filosóficas, de um lado, nos ajudam a entender o mal, de outro, elas não têm valor algum para nos ajudar a enfrentar o mal. De fato, afirmar acertadamente que o mal não tem substância talvez satisfaça nosso intelecto, mas não alivia a dor de alguém que é atingido por essa “coisa” sem substância. Isso talvez explique por que a Bíblia não esclarece o problema da existência do mal no mundo. Antes, ocupa-
Deixem-
Os teólogos do processo dirão que, numa realidade concebida em termos processuais, as coisas acontecem sem que Deus (que também está sujeito aos processos que perfazem o funcionamento do universo) possa interferir. O máximo que ele pode fazer ― dirão ― é tentar influenciar o rumo das coisas, sem, porém, lograr cem por cento de êxito em suas tentativas. Alguns neoarminianos, em suas tentativas ingênuas de defender Deus da acusação de crueldade, dirão, por sua vez, que algumas coisas acontecem fora da vontade divina (só pra constar: no século 5, Agostinho escreveu ao mestre pelagiano Juliano de Eclano dizendo que algumas tentativas de livrar Deus da acusação de crueldade acabam por torná-
O que, porém, diz a Bíblia sobre a relação de Deus com os furacões? Aí é que está o problema. Ela não explica completamente o porquê desse tipo de coisa, mas fornece informações que ajudam os crentes a ir em frente, até mesmo (pasmem!) louvando o Criador. Veja-
Isso, naturalmente, desafia-
Muita gente pode achar isso pouco e, até certo ponto, eu concordo com essa avaliação. Com efeito, Deus, ao revelar as verdades acerca do mal e alguns dos seus mistérios, não nos satisfaz plenamente com suas afirmações (Jó que o diga!). De uma coisa, porém, podemos ter certeza: é melhor se alimentar das migalhas da verdade do que se saciar com o lixo das mentiras que inventam por aí. Sem dúvida, é melhor ter o conhecimento incompleto, mas verdadeiro, de Jó, do que a “filosofia sabe-
Meditação 2016 |
Meditação 2015 |
Meditação 2014 |
Sebastiao Machado |
Thomas Tronoco |
Marcos Granconato |
Craig Etheredge |
Armindo Lobato |
Jerry Crisco |
Marcus Wilding |
Bárbara Hulse |
Isaac Souza |