Meditação © Amplo Publications

24 de agosto de 2017

Caminhando no Temor do Senhor

“Portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês”. I Pe 1.17



Você já compareceu perante um Juiz? Talvez não tenha nem passado na porta de um Tribunal, não é? Mas, ouvi e li que nos EUA é mais comum o cidadão americano ser chamado para uma audiência. Por exemplo: Se um motorista cometer uma infração de trânsito além de pagar uma multa pesada precisa comparecer perante um Juiz que dará uma sentença. Essa prática faz com que os motoristas dirijam com mais prudência porque sabem que o Juiz está às portas. No Brasil os motoristas pagam multas, entretanto não têm respeito pelas Leis nem pela Polícia. Quando chega uma multa ficam chateados, mas em seguida cometem a mesmas infrações.



No texto de nossa meditação, I Pedro 1.18-21, o apóstolo Pedro apresentou Deus através de duas figuras: Como PAI - “Uma vez que vocês chamam Pai...” (v.17ª) e como JUIZ - “aquele que julga imparcialmente as obras de cada um” (v.17b). O apostolo Paulo disse: “Portanto, considere a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, mas bondade para com você, desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você também será cortado” (Rm 11.22). A exortação bíblica convoca os cristãos para “ se portarem com temor durante a jornada terrena”. Temor não é medo, mas significa reverência e respeito a Deus enquanto se conduz a vida. Reverência e respeito porque Deus odeia o pecado (Deuteronômio 10.12-13,17,20-21). “Temer a Deus significa ter uma reverência por Ele tão grande, que vai certamente influenciar como vivemos nossas vidas. Temer a Deus é respeitá-lo, submeter-se a Ele e louvá-lo com admiração” (https://www.gotquestions.org/Portugues/temor-de-Deus.html).



Que motivação você pode encontrar na Bíblia para temer a Deus durante sua jornada? I Pe 1.18 diz: “sabendo que” ou “pois vocês sabem que”. Há verdades bíblicas que precisam ser conhecidas pelo cristão, pois são o fundamento para uma vida santa e de temor a Deus. O temor a Deus durante a caminhada cristã descansa no conhecimento da redenção. O preço que foi pago para a nossa redenção deve-nos motivar à gratidão e ao serviço (I Pe 1.18-19). Pedro afirma que “não foram por ouro e prata”, aquilo que tem valor diante dos homens e que era a forma comum de comprar e libertar escravos; “mas foi pelo precioso sangue de Cristo”, isto é o que tem valor para Deus não “coisas perecíveis” - I Pe 1.7. O Sangue do “Cordeiro sem mancha e sem defeito” foi o preço oferecido para nossa libertação como um sacrifício vicário e substitutivo.



Conhecer esta verdade deve produzir em nós temor – reverência a Deus - durante a nossa jornada neste mundo.  A origem da nossa redenção (v.20), a iniciativa, os meios e a realização partiram exclusivamente de Deus. 1). Conhecido antes da criação (escolhido) – indica que o plano redentor de Deus já existia na eternidade, por isso, Jesus podia afirmar: “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45). 2). Manifestado: indica que a ação redentora de Deus se deu na história – tempo e espaço, foi como disse Paulo: “Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos (Gl 4.4-5).



Meus queridos irmãos e irmãs, caminhar no temor do Senhor é possível para todo aquele que tem um coração transformado pela graça que vive agradecido a Deus. Por isso, faz-se necessário, sempre, uma avaliação da nossa fé e prática. Pare por alguns instantes no dia de hoje, pense na sua maneira de viver e avalie a sua conduta: Você vive para glorificar a Deus?

pr. Sebastião Machado

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