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24 de novembro de 2017

O Fascínio da Fofoca

“Sem lenha a fogueira se apaga; sem o caluniador morre a contenda. O que o carvão é para as brasas e a lenha para a fogueira, o amigo de brigas é para atiçar discórdias. As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem saborosos até o íntimo” (Pv 26.20-22 NVI).



R. G. LeTourneau era um cristão que, durante muitos anos, foi um proeminente empresário cuja fábrica fazia equipamentos para grandes movimentações de terra. Certa vez, ele disse que costumava fabricar um trator raspador conhecido como “modelo G”. Um dia, alguém lhe perguntou o que o “G” representava. Rápido no gatilho, LeTourneau imediatamente respondeu: “Eu vou te dizer. O ‘G’ representa fofocas (do inglês gossip) porque, assim como um fofoqueiro, essa máquina revira um monte de sujeira e a carrega bem rápido!”.


Salomão nunca viu um trator na sua vida, mas se visse, concordaria que era uma boa ilustração para causadores de intrigas que geram confusões com sua presença e suas palavras. Assim, ele diz que “sem lenha a fogueira se apaga” para estabelecer a relação de causa e efeito, a mesma presente na frase seguinte, a qual diz que “sem o caluniador morre a contenda”. Isso quer dizer que um causador de intrigas, munido do seu hábito de caluniar, é um plantador de confusões mesmo nos lugares mais pacíficos e harmoniosos. Isso acontece porque “o amigo de brigas é para atiçar discórdias”, do mesmo modo que “o carvão é para as brasas e a lenha para a fogueira”. Além dessas novas relações de causa e efeito, o uso frequente de figuras ligadas ao fogo cumpre o propósito de mostrar como essas calúnias agem nos relacionamentos das pessoas que lhes dão ouvidos, os quais são consumidos como que pelas chamas ardentes.


Sendo assim, como é que esses caluniadores conseguem encontrar espaço para plantar suas destruições? Suas tramoias deveriam ser prontamente rejeitadas pelos ouvintes. A razão de haver tal espaço para calúnias é muito simples, a saber: que “as palavras do caluniador são como petiscos deliciosos”. Isso quer dizer que, em vez de rejeitar os comentários maldosos, as pessoas têm interesse em ouvi-los e se deliciar neles, como se fossem doces aprazíveis. Segundo Salomão, eles “descem saborosos até o íntimo”. Assim, não há como responsabilizar apenas os mexeriqueiros pelas confusões. Aqueles que dão espaço e abrem seus ouvidos e corações para comentários maldosos também são culpados pela disseminação de intrigas e pelos problemas resultantes disso. Portanto, tenha sempre dois ouvidos diferentes: um ouvido perfeitamente hábil para ouvir comentários positivos e construtivos e um ouvido completamente surdo para que possa usar quando mentiras e fofocas forem ditas. Você nem imagina quanto bem isso fará a você e às pessoas que você ama!


pr. thomas tronco

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