O Poder do Evangelho

”A saber, que mediante o evangelho, os gentios são coerdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus” (Ef 3.6).

Existe uma Agenda dos Direitos Humanos que procura empurrar goela abaixo da população valores contrários ao normal. Fala-se muito sobre discriminação e preconceito e, em geral, os cristãos são atacados como intolerantes e preconceituosos. Todavia, a meu ver, aqueles que nos acusam são os mais intolerantes e bairristas em seu modo de ver a vida. Num programa de TV cuja agenda tratava deste tema percebi que todos que estavam ali defendendo o direito da opção sexual e da mudança de gênero para crianças queriam ter sua opinião respeitada e aceita como verdade, enquanto negavam feroz e rispidamente dar o direito aos que tinham uma opinião diferente sobre a matéria. Assim, a maioria jocosamente rotulou aquela minoria de homofóbica, intolerante e usaram adjetivos piores.

No meu entendimento, cristãos não deveriam entrar em controvérsias verbais sobre estes temas na televisão, pois quem comanda estes programas segue uma agenda para conduzir o tempo de forma a levar o assunto contra a fé cristã. Na verdade o tempo não é distribuído equanimemente entre os partícipes nem é dada oportunidade ao pastor ou teólogo para expor sua posição, mas o apresentador joga os participantes uns contra os outros para ganhar os aplausos da plateia.

A Igreja deve ser uma vitrine onde a opinião pública pudesse ver o poder do evangelho. Na Igreja, sob o Senhorio amoroso do Senhor Jesus, gente de todas as classes étnicas, sociais, econômicas e culturais pelo poder do evangelho podem conviver amorosamente. O apóstolo Paulo ensinou à Igreja de Éfeso sobre o poder deste evangelho que une inimigos reais. Ele exemplificou este fato usando judeus e gentios que se odiavam como inimigos históricos e conviviam com um muro de separação entre eles, mas mostrou que a amizade deles não era impossível para Deus. Paulo ensinou que o poder do evangelho foi capaz de unir no mesmo corpo pessoas tão diferentes e inimigas como judeus e gentios: “Jesus é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade” (Ef 2.14). A Igreja é formada pela graça de Deus de ricos e pobres, cultos e iletrados, brancos e negros, brasileiros e americanos, europeus e chineses, gente de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5.9). Todos unidos no mesmo corpo de Cristo. Eu estava num curso cujos palestrantes eram um judeu e o outro árabe. A Igreja é uma unidade na diversidade. A unidade existe! Não precisa ser criada. Os cristãos não precisam inventar a roda. Deus já uniu no mesmo corpo a diversidade.

Entretanto temos a responsabilidade de submeter-nos ao Espírito para fazer a unidade ser real para que o mundo veja, assim como Jesus orou: “Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste” (Jo 17.23). Os cristãos não irão ganhar a batalha no grito, nem em programas de auditórios, mas na demonstração prática e pública do poder do evangelho. Este foi o motivo da oração de Paulo pelos crentes de Éfeso: “Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família nos céus e na terra. Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus” (Ef 3.14-19).

Portanto, nós cristãos devemos discutir menos e orar mais para que Deus abra o nosso entendimento para compreendermos a realidade do evangelho para podermos vivê-lo. A Bíblia diz que se orarmos segundo a vontade de Deus ele nos ouve e atende nossa oração. Deus é poderoso para fazer que esta realidade seja vista na igreja local. Vamos demonstrar para o mundo que somos uma diversidade tão grande, mas que pelo poder do evangelho vivemos em unidade e amor. Deus se envolverá com este plano: “Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém! (Ef 3.20).