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1 de novembro de 2018

Como Lidar  Com as  Crises?

Você tem problemas? Alguns vivem deprimidos porque acreditam que só eles sofrem. Abrahan Lincon foi o 16º Presidente dos EUA entre 1861 a 1865 e morreu assassinado. Ele nasceu em 1809 numa família pobre. Aos nove anos perdeu a mãe contaminada por leite estragado. Ana, sua primeira namorada, morreu aos 22 anos de febre tifoide. Maria, sua segunda namorada, abandonou Lincon sem dar explicações. Casou-se com Maria Todd, aos 33 anos, teve quatro filhos, mas três morreram na tenra idade. Lincon se tornou um homem melancólico, tinha tudo para chutar o balde e viver reclamando da vida. Mas, tornou-se advogado, político e realizou grandes feitos para os EUA. Ele está entre os quatro presidentes mais amados pelos americanos, ao lado de George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt.


Nós estamos meditando sobre a vida de Ester. Ela também viveu situações de desespero, sua condição era desfavorável como estrangeira e exilada, sem pai nem mãe, jovem e mulher. Um Decreto foi redigido no Império de Xerxes proclamando a destruição dos judeus e gerou uma crise. Crise é uma situação que provoca um desequilíbrio emocional em que a pessoa envolvida se vê incapaz de lutar e sair do problema ou de solucioná-lo com seus próprios recursos. Uma Crise se instala quando a pessoa é tirada da sua zona de conforto: Pode ser demissão ou mudança de emprego; mudança de endereço, de ministério, de cidade; e a perda de pessoas queridas. Através do texto de Ester 4.1-17 quero destacar quatro momentos que nos envolvem numa crise, como podemos interagir e reagir a ela.


Primeiro, o momento da Tristeza. Toda crise gera uma profunda tristeza no nosso coração – 4.1-3. Existem três maneiras de encarar uma crise: 1º. Ignorar: Fazer-se de durão e achar que o tempo vai solucionar o problema, mas geralmente o problema se avoluma até explodir; 2º. Sentir-se vítima da situação e se entregar: Ó mundo cruel! 3º. Aceitar a realidade evitando lutar contra o vento. Sabedoria é aprender com os pássaros que usam os ventos a seu favor. A crise de Mardoqueu foi gerada pela maldade de Hamã na tentativa de destruir os judeus. Houve uma comoção geral e todos se “vestiram de pano de saco” demonstrando de forma visível toda tristeza da alma, era como dizer: “estamos no fundo do poço”. Os salmos de lamento são expressões de profunda tristeza por causa de uma luta, sofrimento ou decepção e, por isso, o salmista suplicava a Deus por livramento. Não era tristeza de desespero nem falta de fé, pelo contrário era tristeza da alma que confiava no socorro de Deus e que confiava no livramento.


Segundo, o momento da Decisão. Toda crise exige uma tomada de decisão - 4.4-9. Mardoqueu procurou uma solução razoável ao se vestir de pano de saco e cobrir-se de cinzas, pois além de buscar o SENHOR tinha que chamar atenção da rainha Ester que precisava ser informada. Mardoqueu proveu a informação sobre o fato e também fez um desafio para sua prima. Ester era a pessoa certa no lugar certo! Ela era a Rainha e a decisão tinha que ser tomada: “Ester deveria ir à presença do rei implorar por misericórdia e interceder em favor do seu povo”, v.8.


Terceiro, o momento da oportunidade. Toda crise cria uma oportunidade para ação – 4.9-14. A recusa inicial da rainha Ester ilustra a atitude normal da maioria das pessoas diante das crises. Ela pode ter pensado, “Não é problema meu! Estou no Palácio! Não serei afetada!” E, para justificar, ela citou a Lei dos persas – v.11ª, pois afinal fazia trinta dias que não era chamada à presença do rei. Todavia, Mardoqueu disse que sua responsabilidade era maior em face da sua posição, porque mesmo sendo rainha não estaria imune ao decreto do rei por ser judia – v.12. Ester não podia se calar naquela hora – v.14ª porque Deus iria libertar seu povo de um jeito ou de outro. A Rainha Ester precisava tirar proveito da sua posição e privilégio para ser instrumento divino na libertação dos judeus – v.14b. Mardoqueu argumentou dizendo que ela foi elevada à posição de rainha para aquele momento – v.14c e, por isso não podia ficar em cima do muro. Sua posição e responsabilidade exigiam agir em benefício dos judeus.


E quarto, o momento da Vitória. Toda crise pode ser vencida pela confiança naquele que conduz a história de todos nós – 4.15-17. Mardoqueu mostrou para a Rainha Ester que há alguém maior que o Rei Xerxes e que o povo de Abraão estava sob seu absoluto cuidado. A reação de Ester ao desafio de Mardoqueu foi uma decisão de pura fé. Como eu sei disso? Ela disse: “jejuem em meu favor” por três dias e três noites. Depois, “Irei ao Rei e se tiver que morrer, morrerei”. Ela diz isso não como fatalismo da sua parte, mas em confiança no Deus dos judeus. Seja feita a tua vontade! A crise estava lá, mas Deus mantinha o controle, e a rainha acreditava que seria o instrumento divino para a solução do problema.


Que podemos aprender desta história?  Primeiro, evitar ficar encima do muro achando que não é problema nosso. Segundo, viver no “palácio” produz falsa segurança, não devemos pensar que estamos imunes aos problemas. Por isso, não ficar alheio aos problemas dos outros nem se sentir invulnerável ou inatingível porque “quando uma parte do corpo sofre, todos sofrem”. Portanto, procure abrir seus olhos! O problema dos irmãos da igreja é seu também, por isso participe! Quem sabe Deus te colocou naquele local para ser instrumento dele na solução dos problemas. Avalie as crises na sua casa e aprenda a confiar que há um Deus soberano cuja mão guia a história, inclusive da sua casa. Reúna os membros da família para orar a Deus clamando por sua intervenção e pedindo por livramento.



pr. sebastião machado

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