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4 de outubro de 2018

As Consequencias de Pular a Cerca

“Então, meu filho, ouça-me; dê atenção às minhas palavras. Não deixe que o seu coração se volte para os caminhos dela, nem se perca em tais veredas. Muitas foram as suas vítimas; os que matou são uma grande multidão. A casa dela é um caminho que desce para a sepultura, para as moradas da morte” (Pv 7.24-27 NVI).


O coração é um órgão maravilhoso. Ele bate em média 75 vezes por minuto, 40 milhões de vezes por ano, ou 2 bilhões em meio de vezes durante uma vida de 70 anos. Em cada batida, o coração adulto médio desloca cerca de 400 mililitros de sangue. Isso equivale a 3 mil litros por dia ou 2 milhões e meio de litros por ano, o suficiente para encher mais de 83 caminhões-tanque de 30 mil litros cada. Com tanto trabalho, sua importância para a vida humana é incalculável, de modo que o cuidado que temos de ter com nosso coração nunca pode ser menosprezado.


Os problemas de saúde ligados ao coração são muitos, mas nem todos os perigos do coração são físicos. Salomão quer concluir o assunto que começou muitos versículos atrás sobre os perigos “da mulher imoral, da mulher leviana e suas palavras sedutoras” (v.5). Por isso, ele conclui pedindo a mesma coisa na qual insiste desde o início do livro, dizendo: “Meu filho, ouça-me; dê atenção às minhas palavras”. Sua intenção continua sendo a de ensinar seu leitor para que não “se volte para os caminhos dela, nem se perca em tais veredas”. Isso significa que não deve seguir a imoralidade, nem ficar em seu caminho, nem tampouco ser dominado por ela. O motivo de se levar isso tão a sério é que “muitas foram as suas vítimas; os que matou são uma grande multidão”, sendo essa mais uma vez uma referência à morte vingativa nas mãos do marido traído da mulher imoral. O alerta final, com a intenção de amedrontar quem ainda evita ficar definitivamente ao lado da sabedoria, é dizer que “a casa dela é um caminho que desce para a sepultura, para as moradas da morte”.


Em meio a tudo isso que, de um modo ou de outro, já foi dito antes, o que chama atenção nesse trecho é o conselho central do escritor a fim de promover sabedoria em seu ouvinte, dizendo-lhe: “Não deixe que o seu coração se volte para os caminhos dela, nem se perca em tais veredas”. Com isso, Salomão, apesar de reconhecer o perigo exercido pela mulher sedutora e imoral, transfere a responsabilidade para o servo de Deus no sentido de se manter santo, protegendo “o seu coração”. Isso quer dizer que o sábio não pode dar brecha para sentimentos ou pensamentos impróprios, ainda que não pretenda concretizá-los. O coração do homem não é um parque de diversões no qual se possa buscar diversão sem compromisso, pois o que se planta nele, mais cedo ou mais tarde acaba germinando e florescendo. Portanto, problemas físicos no coração são apenas uma parte das doenças que podem vir da mesma fonte. A imoralidade quer encontrar morada no seu íntimo, mas isso não acontecerá se você mantiver as portas do seu coração trancadas para a tentação e para o pecado. O coração deve ser cuidado antes de ficar doente. Depois é bem mais difícil e pode levar à morte.

pr. thomas tronco 1

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