Meditação © Amplo Publications
Ouçam, pois tenho coisas importantes para dizer; os meus lábios falarão do que é certo. Minha boca fala a verdade, pois a maldade causa repulsa aos meus lábios. Todas as minhas palavras são justas; nenhuma delas é distorcida ou perversa. Para os que têm discernimento, são todas claras, e retas para os que têm conhecimento” (Pv 8.6-
Poucos homens contribuíram mais com a literatura homilética que Charles Spurgeon. Ele produziu 135 livros, editou mais 28 e, se contarmos as suas obras mais curtas, ele superou a marca de 200. Mas apesar dessa vasta produção, ele declarou: “A pedreira da Sagrada Escritura é inesgotável. Eu pareço mal ter começado a trabalhar nela”. O que ele quis dizer é que a Bíblia é um material maravilhoso que jamais deixa de falar com os servos de Deus e cujos ensinos nunca chegam ao fim.
No início do capítulo, Salomão personalizou a Sabedoria para que ela fale com seus ouvintes, aos quais ela chama insistentemente a fim de lhe darem ouvidos (vv.1-
Entretanto, tantos dizeres e falas importantes não são pronunciados apenas para a exibição da Sabedoria, mas para um propósito muito mais nobre e útil, reconhecido pelo sábio, pois “para os que têm discernimento, são todas claras, e retas para os que têm conhecimento”. A intenção da Sabedoria é proteger os servos de Deus lhes desviando do mal e apontando os próprios ensinos do Senhor para que os crentes o adorem com suas vidas. O mesmo tema marcou os escritos do apóstolo Paulo, especialmente quando disse que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2Tm 3.16,17). Isso quer dizer que o Senhor nos revelou sua verdade e vontade a fim de que fossem úteis para a nossa salvação e santificação de vida. E com tantas palavras e instruções divinas que nos são oferecidas, a maior tolice de uma pessoa é rejeitar tanto a revelação das Escrituras como o evangelho da salvação em Cristo. No final das contas, o pior surdo não é o incapaz de ouvir, mas aquele que ouve a sabedoria e rejeita o que ouviu.
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