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9 de março de 2018

Pecados Escondidos

“Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. Como é feliz o homem constante no temor do Senhor! Mas quem endurece o coração cairá na desgraça” (Pv 28.13,14 NVI).



O “pecado” realmente existe, de acordo com o famoso psiquiatra Karl Menninger (1893-1990). O mundialmente reconhecido psiquiatra se sentia angustiado ao ver que a sociedade moderna tenta descobrir os seus problemas e falar sobre moralidade sem nunca mencionar a palavra “pecado”. Ele estava convencido de que a única maneira de aumentar o nível moral da civilização atual e de lidar com a depressão e as preocupações que afligem religiosos, psiquiatras e todas as outras pessoas é renovar a compreensão do que é o “pecado”.


Quem imaginaria ouvir isso a todo pulmão nos nossos dias? A verdade é que, depois que o ilustre médico disse tais palavras, a situação piorou e muito. Mesmo assim, os efeitos do pecado permanecem e têm abatido nossa sociedade, ainda que ela se esforce muito para negar a existência do Deus santo, dos valores morais absolutos que emanam dele e dos pecados que tanto o desagradam. Mas Salomão não deixa por menos e diz que “quem esconde os seus pecados não prospera”. É claro que o conceito de prosperar aqui pode ser amplo, envolvendo bens materiais, felicidade, ou bem-estar espiritual. Porém, ele não faz questão de ser específico e, sim, mostra os prejuízos de não apenas esconder e mascarar os pecados, mas de permanecer na prática deles. O sábio, em casos assim, não é exatamente aquele que vive sem pecar — pois isso não é possível ao homem nessa vida —, mas aquele que “os confessa e os abandona”, sendo justamente quem “encontra misericórdia” em Deus.


Pode parecer gostoso ao rebelde fazer tudo que deseja sem se importar com a presença ou com a opinião de Deus sobre seu modo de vida. Contudo, o versículo seguinte faz coro à lição inicial dizendo que “quem endurece o coração cairá na desgraça”. O escritor também não especifica como isso ocorre, mas é certo que se trata de uma consequência da soberania e da santidade do Senhor diante do pecado obstinado dos homens. Assim, mais cedo ou mais tarde a conta do pecado e da rebeldia é cobrada, o que não sai nada barato. Mas essa não é a única opção para o homem, pelo que também se exclama “como é feliz o homem constante no temor do Senhor!”. Se não é possível ser tão constante nos atos, havendo quedas, é preciso temer e honrar a Deus constantemente, buscando seu perdão para cada pecado (1Jo 1.9) e se esforçando para ser cada dia mais santo (Fp 2.12). Essa certamente é a melhor terapia.

pr. thomas tronco 1

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