“...a Lei traz uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a sua realidade”, Hebreus 10.1
O crente do Novo Testamento está em Cristo e, por isso, não vive mais debaixo da Lei. A Bíblia nos exorta: “Não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado”. A razão dada é que “estas coisas (da LEI) são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Cl 2.17).
Mas, Jesus não disse: “Não vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir”, (Mt 5.17). Sim, mas isso significa que as Escrituras se cumpriram em Jesus. Depois da sua morte e ressurreição Jesus apareceu aos seus discípulos e lhes disse: “Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras”, Lc 24.44-45. Foi uma maravilhosa aula de escola bíblica dominical e os discípulos beberam cada palavra, e o Senhor “lhes disse: ‘Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vocês são testemunhas destas coisas’”, Lc 24.46-48.
Vamos pensar sobre a Arca da Aliança. A arca era a sombra de uma realidade, uma figura da presença de Deus com o seu povo. Josué compreendeu esta verdade, na conquista de Jericó, quando a Arca foi carregada pelos sacerdotes, Deus estava presente com seu povo para lhes dar a vitória, Josué 6.6-7,9. Mas, um dia numa batalha a arca foi levada pelos filisteus e os dois filhos de Eli foram mortos, I Sm 4.10-11. Quando a notícia chegou a Siló, “o sacerdote Eli caiu da cadeira, quebrou o pescoço e morreu. A mulher de Finéias, nora de Eli, entrou em trabalho de parto e deu à luz, mas não resistiu, entretanto antes de morrer deu nome ao menino de Icabode, e disse: ‘A glória se foi de Israel’”. Por causa do pecado dos filhos de Eli a presença do SENHOR se foi de Israel (Rm 3.23).
Todavia, temos uma boa notícia! Algum tempo depois a arca foi devolvida, I Sm 6.8-9. Os primeiros judeus a terem o privilégio de desfrutar a presença do SENHOR foram os moradores de Bete-Semes – I Sm 6.13-16. Entretanto, eles agiram contra a vontade de Deus, olhando para dentro da arca e foram feridos setenta deles, I Sm 6.19-20. Então, eles enviaram mensageiros ao povo de Quiriate-Jearim, dizendo: “Venham e levem a arca para vocês”, I Sm 6.21 – 7.2. A arca permaneceu na casa de Abinadabe por um período superior a sessenta anos. Parece que naquela casa a Arca não recebeu o devido valor nem respeito. Eleazar, filho de Abinadabe, foi consagrado para guardar a arca, mas ela ficou lá todo aquele tempo como uma peça de mobília. Não há nenhuma nota bíblica de louvor e, quando Davi se tornou rei e procurou levar a arca para Jerusalém num caroção novo e os bois tropeçaram, um dos filhos de Abinadabe, Uzá, esticou o braço para segurar a arca, então o SENHOR o feriu, e ele morreu ali mesmo, ao lado da arca de Deus.
O último lugar em que a arca ficou, antes de chegar a Jerusalém, foi na casa de Obede-Edom, 2 Sm 6.10. Ali a arca permaneceu por apenas três meses. Mas, o que interessa não é a quantidade de dias, mas a qualidade do tempo na presença do SENHR. Por isso, uma nota significativa enche de luz e esperança o relato bíblico: “Deus abençoou Obede-Edom e toda a sua família”, 2 Sm 6.11.
Três locais tiveram o privilégio de desfrutar a presença de Deus! Os moradores de Bete-Semes, mas eles pecaram contra a santidade do SENHOR; o povo de Quiriate-Jearim, mas eles desprezaram a sua presença; E Obede-Edom e sua família que se apropriaram da presença de Deus e foram abençoados. Com qual destas casas você se identifica? Você não precisa de uma mobília, figura do verdadeiro, pois temos a realidade conosco. Emanuel habita conosco e, em nós, pois Deus se fez presente em carne, Jo 1.14. Enfim, a presença de Deus faz diferença na sua casa?
pr. sebastião machado
