Meditação © Amplo Publications
“Não planeje o mal contra o seu próximo, que confiantemente mora perto de você. Não acuse alguém sem motivo, se ele não lhe fez nenhum mal. Não tenha inveja de quem é violento nem adote nenhum dos seus procedimentos, pois o Senhor detesta o perverso, mas o justo é seu grande amigo” (Pv 3.29-
Quando eu era criança, os meninos da minha rua tinham uma rivalidade acirrada contra os meninos da rua de cima. Como eu era pequeno, não participava de nenhum conflito — fora uma guerra de pedras em que levei uma pedrada na mão —, mas eu via o que acontecia na vizinhança. Vi, por exemplo, meu vizinho abrindo uma cova e cobrindo-
A lição que eu e o meu vizinho aprendemos foi ensinada por Salomão três milênios antes, quando ele disse: “Não planeje o mal contra o seu próximo, que confiantemente mora perto de você”. A primeira parte dessa ordem descreve a maldade planejada e posta em prática, o que sempre é ruim, mas a segunda parte a torna ainda pior ao mostrar que ela é dirigida a pessoas que confiam no maldoso. Mas como isso poderia acontecer? Aparentemente, além da maldade, o escritor identifica em alguns perversos a dissimulação e a traição, sendo que se mostram confiáveis por fora enquanto tramam males por dentro. Ele também diz ao seu leitor: “Não acuse alguém sem motivo, se ele não lhe fez nenhum mal”, fazendo, com isso, menção ao falso testemunho. Isso não quer dizer que não se possa acusar os males de outras pessoas, mas que, definitivamente, não se podem acusar males que não existem, algo que alguém só faria se quisesse fazer mal a outros, mesmo que por meio da mentira, o que também é traição.
O coração do homem, depois da queda, abriga males suficientes para que ele trame muitos planos ruins a fim de aplicar sobre outras pessoas. Entretanto, a maldade alheia também serve como fator de incentivo para que o tolo aja mal, pelo que Salomão também diz: “Não tenha inveja de quem é violento nem adote nenhum dos seus procedimentos”. É muito comum uma pessoa ver a maldade alheia e se sentir encorajada e justificada ao fazer igual, razão pela qual o sábio não pode pensar desse modo, nem tomar a vida dos perversos como modelo. Além de mostrar a incompatibilidade dessas ações, com a sabedoria que a Palavra de Deus transmite e o bom caráter que seus servos devem ter, o escritor ainda evidencia que há um custo para os traiçoeiros, “pois o Senhor detesta o perverso”, algo que não é apenas uma menção sem importância no texto, mas um alerta do juízo que Deus reserva para quem faz o mal aos outros. Por outro lado, ele também afirma que, se o Senhor repulsa o perverso, “o justo é seu grande amigo”. Por isso, seja um amigo de verdade daqueles que pertencem ao Senhor e tenha como amigo o próprio Senhor deles — e seu também.
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