Meditação © Amplo Publications

27 de julho de 2018

Um Conselho Contra o Adultério

Para te afastar da mulher estranha, sim da estranha que lisonjeia com suas palavras; Que deixa o guia da sua mocidade e se esquece da aliança do seu Deus; Porque a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas para os mortos. Todos os que se dirigem a ela não voltarão e não atinarão com as veredas da vida” (Pv 2.16-19 NVI).


Num dia desses, li uma notícia trágica que informava que certo homem chegou ao seu apartamento mais cedo que o usual. Com isso, flagrou a esposa e o amante em pleno adultério. Imediatamente, se armou com uma faca e tentou agredir o amante da esposa, o qual teve de fugir, pulando do terceiro andar do prédio e fraturando os pés em função da queda. O marido não se satisfez com a queda e desceu atrás do amante, alcançando-o enquanto este tentava se arrastar até sua moto a fim fugir. O amante foi morto instantaneamente com uma facada no coração.


Salomão tinha mais preocupações em relação ao seu filho e oferece o mesmo remédio para vaciná-lo contra tais males. Assim, ele informa que a sabedoria também serviria para o “afastar da mulher estranha”. É claro que ele não está preocupado com o fato de uma mulher ser desconhecida, mas de ser alguém “que lisonjeia com suas palavras”. Na verdade, o escritor se referia a mulheres que estavam fora do grupo de convívio saudável, com as quais seu filho não devia se relacionar. O fato de serem lisonjeiras indica se tratar de pessoas de baixa moral, podendo ser prostitutas ou mulheres adúlteras. A segunda possibilidade é preferível, já que a sequência afirma que se trata de alguém “que deixa o guia da sua mocidade e se esquece da aliança do seu Deus”. Tal “guia” é o próprio marido, já que essa era uma de suas funções, assim como Deus que guiou Israel pelo deserto como se fosse sua esposa (cf. Jr 2.2,17). Mas, nesse caso, em vez de ser o homem o culpado de se esquecer da aliança que fez diante de Deus com a esposa (cf. Ml 2.14), é ela quem ignora tal aliança ao ser infiel.


Esse era o perigo que assombrava o escritor e para o qual ele receita a sabedoria como proteção. Apesar de o adultério ser algo terrível que o servo de Deus deve evitar a todo custo, Salomão se preocupa também com as consequências posteriores, dando o alerta a respeito dessa mulher de que “a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas para os mortos”. Isso significa que quem anda por esse caminho corre o risco muito grande de, além de obviamente ofender Deus, sofrer também uma morte por vingança. Afinal, segundo o escritor, “todos os que se dirigem a ela não voltarão e não atinarão com as veredas da vida”. Isso é tão sério que ele repete uma mensagem semelhante várias outras vezes (Pv 5.3,20; 7.5; 22.14; 23.27), lançando mão até de uma narrativa com cores vívidas e sugestivas (Pv 7.6-27) com a finalidade de avisar seus leitores. A eles o escritor ainda reserva no livro uma lição sábia e abençoadora, que diz: “Alegre-se com a esposa da sua juventude” (Pv 5.18). Tal caminho, além de evitar sofrimentos e morte, é fonte de muitas bênçãos vindas de Deus. Valorize seu lar!

pr. thomas tronco 1

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