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29 de junho de 2018

A Mulher Precavida

“Reveste-se de força e dignidade; sorri diante do futuro. Fala com sabedoria e ensina com amor. Cuida dos negócios de sua casa e não dá lugar à preguiça” (Pv 31.25-27 NVI).


Na maioria das famílias, a esposa sobrevive ao seu marido. Viúvas superam os viúvos quase quatro vezes mais. As chances são quase três em cada cinco de que a esposa irá sobreviver ao seu marido quando ambos têm a mesma idade. Quando o marido é cinco anos mais velho, as chances são de sete em cada dez de que essa mulher vai sobreviver a ele; e quando ele é dez anos mais velho, as chances sobem para oito em cada dez. Somente quando o marido tem em torno de quatro anos menos que sua esposa é que as chances de sobrevivência são as mesmas para ambos. Essa é certamente uma boa razão para que a mulher pense bastante no seu futuro e se prepare para ele.


Ser precavida é uma das características da mulher virtuosa. Por isso, a mãe de Lemuel diz que essa mulher “sorri diante do futuro”. Isso não significa que ela se gloria de ter controle sobre ele ou de feitos que ainda não aconteceram (Pv 27.1), mas sim que ela se prepara para o que virá pela frente da melhor maneira que pode, assim como fazem as formigas que reservam comida para o época da estiagem (Pv 6.6-8). É claro que tal preparação não vem apenas de uma disposição mental, mas de ações que a tornam pronta para o futuro, pelo que o texto afirma que, para tanto, ela “reveste-se de força e dignidade”. Trata-se de uma preparação que exige muito da pessoa, razão pela qual ela deve ser forte e decidida, fazendo o que precisa agora para chegar aos dias futuros sem pendências, tristezas ou negligências que podem ser evitadas ao longo da vida por meio da sabedoria e da virtude.


Desse modo, a mulher virtuosa assume duas posturas que a preparam para os dias vindouros. A primeira tem a ver com aquilo que ela diz, de modo que ela “fala com sabedoria e ensina com amor”, construindo relacionamentos sólidos e sadios que não se romperão com o calor das circunstâncias nem com o desgaste do tempo, seja por parte dela ou das pessoas com quem ela se relaciona, especialmente seus familiares. A segunda postura que a prepara para o futuro é a constância, pelo que se diz que ela “cuida dos negócios de sua casa e não dá lugar à preguiça”. Além de se reafirmar que a mulher virtuosa não se dá com a preguiça, essa é uma descrição do seu modo de viver. Sua constância no cuidado doméstico é um dos pilares da estabilidade da família, favorecendo o bom desenvolvimento de cada um da casa e permitindo o investimento pessoal de cada familiar em suas áreas de preparo e de responsabilidade. Trata-se de atividades contínuas e constantes que preenchem a vida da mulher valorosa e que podem ser um fardo duro de carregar. Contudo, seu benefício é colhido no futuro pela mulher sábia e por todos os seus. Uma velhice com tais lembranças e com a sensação de dever cumprido é um dos melhores prêmios que um idoso ou uma idosa podem esperar.

pr. thomas tronco 1

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