Meditação © Amplo Publications

1 de dezembro de 2015

A Insensatez

“A insensatez é pura exibição, sedução e ignorância. Sentada à porta de sua casa, no ponto mais alto da cidade, clama aos que passam por ali seguindo o seu caminho: ‘Venham todos os inexperientes!’. Aos que não têm bom senso ela diz: ‘A água roubada é doce, e o pão que se come escondido é saboroso!’. Mas eles nem imaginam que ali estão os espíritos dos mortos, que os seus convidados estão nas profundezas da sepultura” (Pv 9.13-18 NVI).



Certo dia, um colega de classe estava muito abalado e visivelmente de luto — tinha acabado de saber da morte de um primo muito querido. Ele me contou que a frase que esse primo mais dizia era “o que é proibido é mais gostoso”. E levava isso tão a sério que a ideia passou a ser seu estilo de vida. Infelizmente, tal tolice o levou à morte, pois ele quis provar a emoção de nadar em uma represa de acesso proibido à noite, quando não havia ninguém para expulsá-lo. Morreu afogado, preso a uma antiga cerca de arame farpado que estava submersa. Se ele se contentasse com as emoções permitidas, estaria vivo e poderia sentir muitas outras emoções. Agora é tarde!



Se Salomão personificou a sabedoria ao longo dos dois últimos capítulos, ele encerra personificando a insensatez, já que a contrapõe à sabedoria ao narrar seu convite para que as pessoas lhe sigam em sua tolice. Além disso, pelo convite da insensatez, pode-se perceber que a intenção do escritor é somar a ela a imagem da mulher infiel, a respeito de quem ele muito falou nos capítulos anteriores. A análise dessa soma de figuras leva à conclusão de que “a insensatez é pura exibição, sedução e ignorância”. Assim, seja para sentir fortes emoções, para contar vantagem aos outros ou para provar prazeres proibidos, o tolo se mete em confusões que, em vez de lhe dar alegria, o sujeitam a consequências amargas. O texto diz que essa “insensatez” imoral e sedutora fica “sentada à porta de sua casa, no ponto mais alto da cidade”, onde pode ser vista e desejada por quem a vê — trata-se da figura de uma mulher que se exibe para ser cobiçada. De seu ponto estratégico, ela “clama aos que passam por ali seguindo o seu caminho: ‘Venham todos os inexperientes!’”. Infelizmente, muitos caem em sua sedução e se entregam ao prazer com ela, tornando-se alvos do vingador sanguinário.



É óbvio que os riscos de atender aos convites da mulher sedutora, insensata e infiel são muito grandes. Mas ao que tudo indica, ela sabe como convencer os tolos, pois o texto explica que “aos que não têm bom senso ela diz: ‘A água roubada é doce e o pão que se come escondido é saboroso!’”. Essa é a propaganda da insensatez. A tolice e a sedução criam o mito de que somente elas podem produzir um prazer especial e intenso, chamando os tolos para si a fim de abatê-los como presas. Infelizmente, essa propaganda funciona, pois os homens sem juízo correm para esse prazer proibido sem nem sequer imaginar “que ali estão os espíritos dos mortos, que os seus convidados estão nas profundezas da sepultura”, o que quer dizer que as vítimas dessa tolice foram muitas e que eles serão o próximos. Por isso, tome muito cuidado com as ofertas prazerosas do mundo e com sua propaganda distorcida. O prazer, a adrenalina, a fama e a emoção forte que se obtêm nessa busca podem ser as últimas coisa que você sentirá na vida.

pr. thomas tronco pr. sebastião machado

30 de novembro de 2015

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