Meditação © Amplo Publications

10 de setembro de 2015

A Vereda do Justo

“A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até à plena claridade do dia. Mas o caminho dos ímpios é como densas trevas; nem sequer sabem em que tropeçam” (Pv 4.18,19 NVI).


Certa noite, voltando de um treino de voleibol na minha adolescência, enfrentei uma das noites mais escuras de que tenho lembrança. A distância entre o ponto de ônibus e a minha casa não era muito grande, mas se dava por uma rua que, na época, não tinha nem asfalto, nem iluminação. A certa altura, era impossível ver por onde eu andava. Foi quando ouvi um barulho que me assustou. Parei imediatamente, como se estivesse congelado. Sem ter coragem para avançar, fiquei ali parado por uns quinze minutos, esperando ver alguma coisa com o passar do tempo, mas não vi nada. A solução foi sair correndo na direção da minha casa torcendo para não ser atacado por nada, nem ninguém. Não fui atacado, mas tomei um belo tombo e caí em um buraco que não vi. Que falta a luz fez naquela noite!


A luz é tão importante e útil para as pessoas que ela serve, muitas vezes, como figura de conhecimento, instrução, libertação e salvação nas Escrituras. Valendo-se dessa figura, Salomão diz que “a vereda do justo é como a luz da alvorada”. O que o escritor chama de “vereda do justo” são as atitudes e procedimentos que ele aprende na Palavra de Deus e aos quais ele é enfaticamente encorajado a seguir. Assim, como diante da luz do amanhecer, ele caminhará seguro, longe dos perigos e armadilhas do mundo, pois seu conhecimento da vontade do Senhor “brilha cada vez mais até à plena claridade do dia”. Isso afeta, obviamente, toda a vida do servo de Deus, seja seu modo de pensar, suas companhias, ao que ele assiste, aquilo que lê, os lugares que frequenta, o tipo de linguagem e o conteúdo das suas conversas, seus relacionamentos e seu serviço e adoração a Deus. A luz do ensino bíblico clareia todo o caminho, revelando o trecho pavimentado do bem e da santidade, além de evidenciar os buracos da rebeldia e os desvios do pecado para que o crente não se acidente neles.


Entretanto, nem tudo é luz, pois a rejeição dos ensinos de Deus e a confiança na intuição pessoal e nos gostos da carne colocam o homem em estado de confusão e desvio. Por isso, Salomão explica que “o caminho dos ímpios é como densas trevas”. No escuro, o viajante tem de tatear, podendo se ferir nesse processo. Ele também tem de confiar em seus sentidos nublados pela escuridão e contar com a sorte para não bater em nada, opção que realmente não costuma dar certo, nem garantir a segurança do tolo que viaja nessas condições. Pessoas que andam no escuro “sequer sabem em que tropeçam”, do mesmo modo que os homens que rejeitam as palavras de Deus não compreendem de que eles têm de se proteger e o que devem evitar para impedir consequências danosas e um relacionamento partido com Deus. É por isso que os incrédulos zombam da fé cristã e fazem piadas com Deus e com seus ensinos, ignorando que estão no escuro ao mesmo tempo que se esforçam para apagar qualquer luz que lhes é oferecida. Siga o exemplo do salmista que se dirigiu a Deus dizendo que “a tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Sl 119.105).

pr. thomas tronco pr. marcos granconato

9 de setembro de 2015

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