Meditação © Amplo Publications

11 de setembro de 2015

Melhor é Obedecer Que Sacrificar

Qohelet está em frente ao Templo e observa as pessoas que vêm para adorar a Deus, portanto ele lança seus olhares sobre a religiosidade das pessoas debaixo do sol. O homem secular não é avesso à religião, pelo contrário, a maioria é extremamente religiosa. Faça uma pesquisa: Dificilmente alguém dirá que não acredita em Deus. O Problema é que Deus, para a grande maioria, não é um ser pessoal, moral, cuja vontade precisa ser obedecida. As pessoas veem Deus como um aliado – “ele é o cara lá de cima!”, outros o veem como um analgésico – para aliviar a consciência culpada: “Por isso oferecem sacrifícios”, e ainda outros penam em Deus como seguro de vida – para enfrentar as “maldições”. O Qohelet tem uma palavra firme e dura para aqueles que vem adorar a Deus, então seu alvo é o adorador ou o homem religioso. No capítulo 5.1-7 Salomão vai fazer quatro advertências.


A primeira é sobre o ato da Adoração: “Quando você for ao santuário de Deus, seja reverente” - 5.1a. Ele está se referindo ao momento em que o adorador se prepara para adorar – sacrificar a Deus – não são apenas as músicas, o levantar das mãos, mas dizimar, orar, ouvir a palavra de Deus e viver o resto da semana – tudo é adoração. Qohelet está alertando o homem religioso sobre o perigo de prestar um culto – uma adoração – insincera ou dissimulada ao Criador.


A segunda advertência é sobre a atitude da adoração: “Quem se aproxima para ouvir é melhor do que os tolos que oferecem sacrifício sem saber que estão agindo mal”- 5.1b.  Para Salomão “ouvir é melhor” – ouvir é prestar atenção e obedecer – I Sm 15.22; Sl 119.101, Hb 2.1. Você tem ouvido a Deus?  Deus tem falado, mas seus ouvidos estão atentos? O povo de Deus corre o risco de ouvir a Deus como se escuta música noutra língua: emoção, sem compreensão. Para Salomão “oferecer sacrifícios de tolos” significa vir para cultuar a Deus, falar, prometer, orar, oferecer sacrifícios, mas não estar disposto a ouvir a Deus para compreender e obedecer.


A terceira advertência é sobre as ações da adoração: “Não seja precipitado de lábios, nem apressado de coração para fazer promessas diante de Deus” – 5.2ª. Salomão está dizendo que devemos evitar falar sem refletir – v.2-6. O que caracteriza a adoração do tolo? Sua Verbosidade (2ª) – O tolo quer falar e fazer, mas não quer ouvir a vontade de Deus. Jesus disse que “Deus está à procura de verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade”. Deus está interessado no que se diz sobre ele e em como se diz. O adorador não pode tratar com Deus da mesma forma que trata o seu semelhante. Deus está nos céus – ele é transcendente: Santo, Poderoso, Justo, Amoroso, Perdoador. O homem está na terra, por isso precisa de Deus porque é pecador – necessitado da graça e do perdão Divino.


A quarta e última advertência para o adorador é sobre as afeições da adoração: “tenha temor de Deus” – 5.7. O temor significa levar Deus a sério na sua fé e na sua vida. Podemos testar nossos desejos pelo céu por essa regra. Queremos estar lá pela santa beleza daquele que lá está em glória? Ou nosso desejo pelo céu é baseado numa simples ansiedade pela felicidade egoísta?  Precisamos ter interesse na santidade de Deus. Nossas afeições devem estar voltadas para aquilo que é puro, correto, justo, santo, amoroso, porque nosso Deus é assim. Quem você tem sido? Um adorador ou um tolo? Você se aproxima de Deus para ouvir ou apenas tem cumprido sua obrigação religiosa oferecendo sacrifícios? Durante este dia avalie sua vida: Aproxime-se de Deus com santo temor e tremor?

pr. sebastião machado pr. thomas tronco

10 de setembro de 2015

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