Meditação © Amplo Publications

12 de outubro de 2015

Conhecer Deus


Recentemente, lendo um livro de Alister McGrath, fui conduzido à lembrança de que a teologia não deve ter como alvo supremo conhecer verdades acerca de Deus, mas sim conhecer o próprio Deus. De fato, conhecer verdades sobre Deus é um privilégio que qualquer incrédulo pode ter, bastando para isso que tenha alguém que lhe ensine, ou que visite uma igreja bíblica de vez em quando, ou ainda que leia a Bíblia quando sentir vontade.



A verdade é que as proposições teológicas não são de acesso exclusivo dos crentes. Elas estão aí, disponíveis para qualquer um que se interesse pelos temas cruciais do cristianismo.    



Já, conhecer Deus... Bom, aí a história é outra. Conhecer Deus é o que distingue os homens santos dos ímpios. De acordo com a Bíblia, os incrédulos, não conhecendo Deus, vivem com o coração e a vida cheios de prostituições (Os 5.4; 1Ts 4.5), têm uma língua mortal e uma mente dominada pela falsidade (Jr 9.3).



Algumas vezes, essa gente diz que conhece Deus, mas contradiz isso por sua desobediência e por seus atos detestáveis (Tt 1.16). O fato de não conhecer Deus explica o motivo pelo qual os descrentes tratam mal os discípulos de Jesus (Jo 15.21; 1Jo 3.1). O mais triste de tudo é que o destino daqueles que não conhecem Deus é uma horrível punição (2Ts 1.7-8).



Sendo a ignorância de Deus uma coisa tão terrível, como fazer para evitá-la? Noutras palavras: como conhecer Deus? Conforme dito acima, isso não vem da leitura de tratados teológicos. Não! Para conhecer o Pai, é preciso, primeiro, conhecer o Filho (Jo 8.19; 14.7) e, pela fé, entrar numa aliança com Deus (Hb 8.10-11) selada pelo sangue derramado por Jesus (Lc 22.20; Hb 12.24).



Os cristãos chamam isso de “conversão”. Não há, portanto, como alguém conhecer Deus sem que, antes, se converta a Cristo, crendo nele e se tornando, assim, seu discípulo.



Depois da conversão, o conhecimento de Deus deve progredir, sendo preciso cultivar a comunhão constante com o Senhor, andando com ele como fez Enoque e Noé (Gn 5.24; 6.9). Para crescer nesse conhecimento do próprio Deus é ainda preciso temê-lo (Sl 25.14) e demonstrar esse temor em obediência.



Há alguma vantagem nisso? À luz das Escrituras, os que conhecem Deus, além de se livrar da vida podre que marca os perdidos, abrigam no peito uma forte confiança no Senhor e o têm sempre ao lado (Sl 9.10). São pessoas que têm o coração aberto para a mensagem apostólica (1Jo 4.6) e, dessa forma, acolhem sempre a santa instrução da Palavra.



Elas também recebem a doce capacitação e a ordem de amar a seus irmãos (1Jo 4.7-8), fazendo parte de uma comunidade de fé amiga e acolhedora, onde se sentem em casa. Para fechar com chave de ouro, Jesus disse que o destino eterno de quem conhece Deus é entrar numa vida sem fim que consistirá de conhecê-lo ainda mais (Jo 17.3).



Note, desse modo, que conhecer Deus não é uma condição meramente cerebral ou uma simples aquisição intelectual. Na Bíblia, conhecer Deus é um modo de vida em que a pessoa prova a bondade do Senhor por meio de Cristo, passando a depender dele, a servi-lo e a obedecê-lo, sempre andando em sua presença fiel, protetora, santificadora e consoladora.



Você conhece Deus?


pr. marcos granconato pr. thomas tronco

13 de outubro de 2015

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