21 de agosto de 2015

E o Que Tens Para Quem Será?

Provérbios 14.12 diz que “há caminho que parece certo (direito) ao homem, mas ao final conduz a morte”. Numa última tentativa, depois de trilhar o caminho do prazer e da sabedoria, Salomão tomou outra direção para encontrar satisfação nesta vida debaixo do sol no trabalho - 2.18-23. Chamamos de alcoólatra uma pessoa viciada em álcool. E uma pessoa viciada em trabalho é designada de ergoólatra. Quando alguém trabalha sem parar, nunca tem tempo e nem descansa brincamos que o nome dele é “trabalho” e o seu sobrenome é “hora extra”.

Salomão foi um grande empreendedor. Certamente gastou boa parte do seu tempo e da sua vida em projetos e realizações [2.4-5]. Todavia, ao final dos seus dias concluiu que não há nenhuma garantia para quem se mata de trabalhar: “Desprezei todas as coisas pelas quais eu tanto me esforçara debaixo do sol, pois terei que deixa-las para aquele que me suceder” – 2.18.  De fato, que grande frustração para alguém que se agarra ao seu império como se fosse o dono dele, mas que precisa deixar para a próxima geração quando a morte bater à porta. Salomão deve ter experimentado esta frustração, antes de ser sucedido por seu filho Roboão que causou a divisão no reino de Israel.

Pare e reflita com Salomão. Se você é daqueles que nunca têm tempo para família, ou para ir à igreja ou para visitar alguém porque está sempre atarefado ou envolvido com horas extras, lembre-se que todo o esforço e o fruto do seu trabalho árduo vão ficar para outro. E, você não tem nenhuma garantia que tudo aquilo que acumulou irá prosperar ou dissipar nas mãos do herdeiro: “E quem pode dizer se ele será sábio ou tolo? Todavia, terá domínio sobre tudo o que realizei com o meu trabalho e com a minha sabedoria debaixo do sol. Isso também não faz sentido. Cheguei ao ponto de me desesperar por todo o trabalho no qual tanto me esforcei debaixo do sol” – 2.19-20.

Talvez seja hora de você redefinir o foco da sua vida, trabalhar para eternidade e para glória de Deus. Não precisa sair do seu trabalho, mas redirecionar suas prioridades, seu tempo e suas finanças. Caso contrário, ao final da sua vida poderá se sentir como Salomão: “Pois um homem pode realizar o seu trabalho com sabedoria, conhecimento e habilidade, mas terá que deixar tudo o que possui como herança para alguém que não se esforçou por aquilo. Isso também é um absurdo e uma grande injustiça. Que proveito tem o homem de todo o esforço e de toda a ansiedade com que trabalha debaixo do sol? Durante toda a sua vida, seu trabalho é pura dor e tristeza; mesmo à noite a sua mente não descansa. Isso também é absurdo” - 2.21-23.

20 de agosto de 2015