Meditação © Amplo Publications
“Aquele que pisca maliciosamente causa tristeza, e a boca do insensato o leva à ruína”.
Algo muito difícil de lidar é a decepção. É triste, por exemplo, comprar algo e descobrir depois que o produto não tem a qualidade e as funções que parecia ter, sendo um mau investimento. Porém, uma das piores decepções ocorre em função de pessoas que parecem confiáveis, mas que se revelam dissimuladas. Todo tipo de sentimento ruim brota diante da constatação de que o “amigo” era, na verdade, um adversário mascarado.
A dissimulação do homem fingido é descrita aqui como piscar o olho com malícia. É a imagem de alguém que finge ser o que não é e dissimula sua atitude piscando para seus comparsas, a fim de que percebam o que está por trás da aparência. Ou de alguém que, com segundas intenções, faz propostas que parecem boas, mas que escondem armadilhas perigosas. O resultado é tristeza, seja para a vítima, seja para a comunidade onde ela está inserida. Isso condiz com a segunda parte que demonstra que a tristeza é só antepasto de uma refeição que leva à destruição, ou à ruína.
Como a segunda parte do versículo é exatamente igual à segunda parte do v.8, há quem pense que esse texto foi indevidamente copiado no v.10, ao passo que o texto correto seria o trazido pela Septuaginta — tradução grega do Antigo Testamento que data de 200 a.C. —, cujos dizeres são “mas aquele que corajosamente reprova é um pacificador”. Não é possível ter certeza do que ocorreu aqui e, por fim, ficamos com o texto hebraico com sua repetição. Porém, é verdade o que o texto grego diz no sentido de que a repreensão utilizando a verdade é exatamente o que protege as pessoas da mentira e do fingimento. Se o dissimulador causa dor e tristeza, o pacificador, falando e defendendo a verdade, cura feridas e impede a ruína. É difícil fazê-
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