Meditação © Amplo Publications

2 de setembro de 2015

Reagindo às Provocações dos Incrédulos - parte 1

A Bíblia diz que o mundo não gosta dos crentes (1Jo 3.13). Chega a afirmar que o mundo nos odeia! Ao dizer isso, as Escrituras explicam que as coisas são assim porque não somos deste mundo. Se fôssemos, o mundo amaria o que é seu (Jo 15.18-19). Diz também que o mundo despreza nosso Rei, de modo que, se ele despreza o Rei, como tratará os súditos (Jo 15.20)?


Tudo isso é óbvio para nós. Experimentamos oposição e hostilidades constantemente. O lado tragicômico é que a mídia vive denunciando a violência e o preconceito contra os negros, contra os nordestinos, contra os homossexuais e contra os muçulmanos, mas nunca diz absolutamente NADA sobre a violência e o preconceito contra os crentes. Isso realmente espanta, pois de todos os ataques motivados por ódio religioso, 75% é perpetrado contra os cristãos — um percentual que representa cerca de cem mil vítimas fatais por ano (dados da AIS — Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre).


Por toda parte, igrejas são saqueadas, crentes são queimados vivos, mulheres cristãs são estupradas e assassinadas, filhos de evangélicos são sequestrados, pastores e líderes eclesiásticos são presos e torturados, e por aí vai... No entanto, o que a mídia diz? Ah, ela denuncia quase exclusivamente a homofobia e o racismo! E isso diariamente! Basta um homossexual espirrar e você não dizer “saúde” e aí está uma evidência clara de preconceito contra a “orientação sexual” da pessoa. Também esbraveja às vezes contra a “islamofobia”, a “nordestinofobia” e qualquer outra fobia (algumas até imaginárias), sem jamais dar atenção ao drama dos cristãos — pessoas que realmente sofrem ataques variados todos os dias nas famílias, nas escolas, nas empresas e em qualquer lugar onde colocam os pés.


No Brasil, felizmente, a oposição aos crentes (a “cristofobia”) não é marcada predominantemente por violência física, ainda que existam, sim, casos de agressão desse tipo. Em nosso país, as hostilidades assumem geralmente a forma de ataques morais. Aqui os crentes são alvo de contínuo e incessante desprezo e zombaria. Eles têm que enfrentar golpes diários contra seu sentimento religioso, golpes que partem de professores, colegas de trabalho e familiares. E quando os agressores fazem isso, escondem-se covardemente sob o lindo título da “liberdade constitucional de expressão”. Segundo o entender deles, os atos de ofender, ferir, ridicularizar e desrespeitar é protegido por lei (exceto, é claro, se esses atos forem dirigidos contra eles).


Tudo isso nos deixa indignados e, às vezes, muito bravos. Como cristãos, porém, não devemos nos vingar, nem promover o mal dessas pessoas. Se de um lado há religiões que pune quem as critica ou despreza, conosco não é assim. Cremos que essa tarefa pertence a Deus e que ele, um dia, fará justiça aos seus escolhidos (Lc 18.7; Rm 12.19). Como, então, conviver com esse problema e reagir a ele?


Leia parte 2 desta meditação

pr. Marcos Granconato  pr. Thomas Tronco

1 de setembro de 2015

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