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3 de setembro de 2015

Reagindo às Provocações dos Incrédulos - parte 2

Bem, primeiramente temos de orar pelos nossos perseguidores e também amá-los, lembrando que são cegos e não sabem o que estão fazendo (Mt 5.44-47). Temos também que ajudá-los quando precisarem de nós (Rm 12.20-21), sempre com uma disposição sincera, demonstrando a diferença que Cristo fez em nossa vida.


Há, porém, uma conduta específica que quero destacar aqui. É o proceder exposto em Provérbios 26.4-5: “Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia; para que também não te faças semelhante a ele. Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que não seja sábio aos seus próprios olhos”. Esse texto parece contraditório, mas não é. O que o autor bíblico na verdade ensina é que não devemos responder ao tolo segundo o seu método de ataque (zombaria, mentiras, desprezo, etc.), mas que devemos lhes responder segundo o conteúdo de seus ataques.


Em outras palavras: se os tolos zombarem de você, não zombe deles; se mentirem, não minta; enfim, não faça o jogo sujo deles. Por outro lado, preste atenção no que falam e responda de conformidade com esse conteúdo, dizendo: “Isso é mentira. Nós não agimos assim, nem ensinamos essas coisas. Você inventa absurdos e os atribui a nós, mas tudo o que diz é fruto somente da sua maldade e ignorância. Seu pai é o diabo e ele é mentiroso. Logo, é natural que você minta, assim como seu pai. Se você conhecesse a verdade e o Deus da verdade, teria vergonha de dizer as calúnias que diz. Você também blasfema contra minha fé e o meu Deus, mas sobre isso não vou me pronunciar. Meu Deus não precisa de defensores. Ele sabe como tratar seus inimigos. Tudo o que vou fazer é orar por você para que haja arrependimento em seu coração, antes que seja tarde demais”.


É claro que um discurso desse tipo deve vir na hora certa, quando o ataque assume certa proporção. Mesmo assim, depois de pronunciá-lo, mostre que não guarda rancores e faça o possível para tratar a pessoa com paciência, respeito e afeto.


Até onde posso ver, em termos gerais, a “tática” de não seguir o método do insensato, mas observar e responder segundo o conteúdo do que ele diz foi adotado pelo próprio Jesus (Jo 8.38-59; 1Pe 2.23). Ora, se somos discípulos dele, imitá-lo em tudo é nosso dever. Seja como for, é bom destacar que a “tática” aqui descrita não promete resultados. Por isso, se ao usá-la as coisas piorarem, não se assuste. Na Bíblia só aprendemos a lidar com os lobos, sem nenhuma garantia de que eles vão parar de rosnar.



Leia a parte 1 desta Meditação

pr. Marcos Granconato  pr. marcos granconato

2 de setembro de 2015

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