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8 de dezembro de 2016

A Marca da Besta

Cuidado o Anti-Cristo vai marcar você com um “Chip”! Você já leu alguma coisa do gênero? Há alguns alarmistas apocalípticos tentando amedrontar povo de Deus. De tempos em tempos as pessoas se tornam “apocalípticas”, pois se desesperam pelo assunto do fim do mundo e as catástrofes acontecerão a este fato. Dos tópicos que a Bíblia ensina, talvez, o que mais chama a atenção seja “A marca da besta” e, consequentemente, este assunto tem suscitado muitas especulações extravagantes.  


Em Apocalipse 13, o apóstolo João apresentou duas Bestas, “uma que saía do mar” (v.1) e a outra que saía da terra (v.11). A primeira Besta é o Anti-Cristo que exercerá seu domínio no poder de Satanás (II Ts 2.9) e derramará seu ódio contra Deus, contra os judeus e contra a população do mundo inteiro (Ap 13.6-7). A segunda Besta será o Falso Profeta, líder de uma falsa religião, que usará todo o seu carisma para enganar os habitantes da terra e levar as pessoas a adorarem a primeira Besta (Ap 13.13-15), exigindo que elas sejam marcadas com certa marca.


O que é uma Besta? Besta é um animal, uma fera! Portanto, João usa uma figura para descrever o Anti-Cristo que com ferocidade e malignidade dominará o mundo no período que conhecemos como “a grande tribulação” (Mt 24.21).  Mas, a Bíblia nos ensina que o líder que promoverá “A marca da Besta” será o falso profeta que estará ligado à falsa religião (Ap 13.11-18). A marca será relacionada com adoração e identificação com o Anti-Cristo: “Portanto, a marca da besta é simplesmente um meio de forçar as pessoas a declararem sua lealdade a alguém, ou seja, mostrar ao lado de quem estão: do Anticristo ou de Jesus Cristo. Todos terão que escolher um dos lados. Será impossível manter uma posição neutra ou ficar indeciso com relação a esse assunto. A Escritura é muito clara ao afirmar que os que não aceitarem a marca serão mortos” . A marca será “o nome da Besta ou o número do seu nome” (Ap 13.17). Deste modo, a marca não pode ser um chip comercial, mas uma identificação religiosa de devoção com o homem do pecado, o Anti-Cristo.


Toda a humanidade será forçada a escolher um dos lados: "...todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos" (Ap 13.16). O Dr. Robert Thomas comenta que essa construção retórica "abrange todas as pessoas, de todas as classes sociais, [...] ordenadas segundo sua condição financeira, [...] abrangendo todas as categorias culturais [...]. As três expressões são um recurso estilístico que traduz universalidade".[1] A Escritura é muito específica. O falso profeta vai exigir uma "marca" em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" – não a esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap 13.16). Todas as sete ocorrências da palavra "marca" ou "sinal" (gr. charagma) no Novo Testamento em grego, encontram-se no Livro do Apocalipse, e todas se referem à "marca da besta" (Ap 13.16,17; 14.9,11; 16.2; 19.20; 20.4). O Dr. Thomas explica o significado desse termo na Antiguidade: A marca deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para mostrar que serviam a um determinado deus.


Portanto, nós que cremos em Jesus Cristo não devemos nos abalar pelas propagandas apocalípcas. Quando a Marca da Besta for exigida a Igreja terá sido raptada por Jesus, por isso não estaremos mais aqui, mas encontraremos o Senhor nos ares para celebrar as Bodas do Cordeiro. No Séc. XIX, no dia 22 de outubro de 1844, um grupo de religiosos apocalípticos seguindo as orientações do seu líder foi para a montanha esperar pela volta de Jesus, mas esperaram em vão, por isso aquele dia de desilusão ficou conhecido como “o grande desapontamento”, por isso não caia no engodo dos falsos profetas.

pr. sebastião machado

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