Meditação © Amplo Publications

12 de maio de 2016

Não Perca a Essência!

Jesus não terminou com a grande multidão. Finalmente, ele mostrou que o comprometimento com a pessoa dele requer mudança no caráter e na vida do discípulo [Lc 14.34-35]. Para atingir este objetivo Jesus se utilizou do símbolo do sal. Acredito que Jesus não está interessado apenas em números. Não significa que números não sejam importantes, mas que a prioridade do Senhor é a qualidade, não a quantidade. O contexto anterior nos ensina que Israel rejeitou o convite para a grande ceia [Lc 14.17-20]. Então, o convite foi estendido aos excluídos, os gentios [Lc 14.21-24]. O dono da festa quer a casa cheia! Mas, a casa não se encherá a qualquer custo, barganhando com a verdade e deturpando a graça para atrair os incrédulos.


Uma pessoa sem comprometimento com a pessoa de Jesus, sem persistência nem dedicação com seu programa e propósito, nada mais é do que sal insípido – “não presta pra nada”. Jesus está falando da essência do cristão! Em Mateus 5.13 ele usou o mesmo símbolo dizendo que “se o sal perder o sabor pra nada mais presta, senão, lançado fora, ser pisado pelos homens”.


“Vocês são o sal da terra!, disse Jesus. Onde você colocar o sal ele dará mostras de que está ali. Mas, tem que ser na medida certa, nem de mais e nem de menos. O sal tinha como objetivo – a preservação – contra a putrefação dos alimentos. Lembre-se que não existia geladeira. Então, se nós, como sal, não preservarmos a essência do discipulado e do evangelho perderemos a essência como cristãos. O cristão insípido não terá utilidade para Deus! Será como os tele-evangelistas que exploram a fé para ganhar dinheiro.


Jesus está nos chamando para segui-lo, mas ele também está afirmando que é necessário ter comprometimento com sua pessoa e sua causa.Comprometimento com Jesus significa dar a ele prioridade total; significa submeter-se ao seu programa e propósito; significa aprofundar-se no discipulado para transformação do caráter e da vida.


Seguir a Jesus não é festa, mas guerra em que o principal inimigo “somos nós mesmos”. Por isso, quem quer ser discípulo deve tomar sua cruz, negar-se a si mesmo e renunciar a tudo que tem. O apóstolo João registrou que num destes discursos para a multidão “muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele” [João 6.60-69].


A coisa é séria! Algumas passagens da Escritura sinalizam o preço do discipulado: Amar os nossos inimigos; Orar pelos que nos perseguem; Perdoar os que nos ofendem; Resistir às tentações, inclusive as sexuais e buscar antes de qualquer coisa o reino de Deus e a sua justiça. 'Tá a fim de pagar este preço?  Meu desejo e oração são para que, diferentemente da grande multidão, possamos firmar nossa consagração a Cristo, como Pedro: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus”. Amém!

pr. sebastião machado

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