Meditação © Amplo Publications
“Todo o que ama a disciplina ama o conhecimento, mas aquele que odeia a repreensão é tolo”. Provérbios 12.1
Quando minha filha era bem pequena, ela me perguntava sobre o funcionamento de alguns equipamentos. Tão logo eu iniciava a explicação, ela respondia “eu já sei” e tentava, com insucesso, fazer o equipamento funcionar. Assim que ela cresceu um pouquinho mais, parou de fazer essas interpelações e passou a prestar atenção nas instruções. Mas ainda que ela fosse uma criança, aquilo revelava algo que há também nas pessoas grandes que é a resistência à ideia de que não se sabe tudo e à de correção de um erro.
Como se não bastasse a insensatez de achar que outros têm de nos ver como pessoas que não erram, esse provérbio mostra o quanto Deus espera que façamos o oposto disso. Segundo o texto, o homem sábio não é aquele que não erra, nem é aquele que sabe todas as respostas sobre tudo que existe, mesmo porque tal pessoa não existe. Na verdade, o sábio ou aquele que “ama o conhecimento” é também aquele que “ama a disciplina”. Isso parece contraditório já que o autor de Hebreus diz que “nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza” (Hb 12.11a). Mas o sábio não é uma pessoa masoquista, que gosta de sofrer. Ele ama a disciplina por causa do resultado dela, segundo o próprio texto de Hebreus: “Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados” (Hb 12.11b). Ele sabe que ser corrigido é doloroso, mas prefere ser corrigido que permanecer no erro.
O tolo, por sua vez, pensa de modo contrário. Mesmo que ninguém o considere sábio devido às suas atitudes e inclinações, ele gosta de nutrir a ilusão de que é uma pessoa melhor que as outras. O orgulho é um sentimento que ele não dispensa, pois gosta de pensar que todos o admiram e que queriam ser como ele. Por isso, quando algum de seus erros é apontado ou alguma sugestão lhe é dada a fim de melhorar, ele se sente ofendido, pois “odeia a repreensão”. E de ilusão em ilusão segue a vida do pobre tolo. Basta saber no que você acredita ser melhor: ser um tolo que pensa ser infalível, mas que é desprezado pelos outros, ou um sábio que, conhecendo seus limites, aceita a correção e se torna cada vez mais capaz e respeitado por todos?
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