Meditação © Amplo Publications
Quando se fala sobre a doutrina das últimas coisas, surgem dois extremos entre os evangélicos: os que se apegam a esse aspecto do ensino cristão como se fosse o cerne do cristianismo e aqueles que dizem que a escatologia não tem utilidade alguma, sendo apenas fonte de divisão e discussões inúteis.
Como é de se esperar, os dois extremos estão errados. Apegar-
Deixe-
Até onde posso enxergar, a teoria dos sete ciclos é exposta com algumas variações na Bíblia de Genebra e podem até existir alguns pequenos argumentos que a favoreçam. Porém, essa teoria lembra mais uma lente hermenêutica tendenciosa criada para apoiar certa leitura do texto do que o resultado franco da análise interna do Apocalipse que, de fato, apresenta pouquíssimos motivos para não ser lido linearmente.
Bom, no outro extremo da corda estão os que não ligam para a escatologia. Esses também estão errados. Afinal de contas, a escatologia é importante sim, uma vez que fornece o conteúdo da nossa esperança, a base do nosso consolo e o impulso da nossa coragem. Na verdade, nenhum crente pode sobreviver por muito tempo no deserto seco deste mundo sem um eventual gole de escatologia. Essa foi uma das razões pelas quais Paulo disse que “se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1Co 15.19).
Com efeito, mesmo reticente em alguns pontos, às vezes aparentemente contraditória, outras vezes clara como o dia, eventualmente tão simples quanto uma lição infantil e, em alguns momentos, tão complexa quanto um enigma matemático, a escatologia, seja em seus momentos de clareza ou de obscuridade, é uma senhora que sempre nos sorri faceira por trás do véu que cobre a sua face. É somente dela que ouvimos acerca da vinda gloriosa do nosso Salvador que transformará esse nosso corpo de humilhação para ser igual ao corpo de sua glória (Fp 3.21). É somente dela que aprendemos sobre a palingenesia — a regeneração de todas as coisas (Mt 19.28) —, época em que este mundo caído estará diretamente sob o cetro do Rei davídico. É, enfim, somente dela que aprendemos sobre o tempo em que o propósito do Pai de colocar tudo sob a Suprema Cabeça, Cristo, será finalmente alcançado (Ef 1.10).
Assim, ainda que não se deva tentar remover o véu da senhora Escatologia no desejo de desenhar os detalhes de sua face, também não se pode virar-
Meditações 2015 |
Meditações 2014 |
Sebastiao Machado |
Jerry Crisco |
Thomas Tronco |
Marcus Wilding |
Marcos Granconato |
Armindo Lobato |
Bárbara Hulse |
Craig Etheredge |
Isaac Souza |