Meditação © Amplo Publications

21 de janeiro de 2016

Os Caminhos da Hipocrisia

“Quem esconde o ódio tem lábios mentirosos, e quem espalha calúnia é tolo”.


Algumas situações da vida parecem fazer jus àquele dito popular que diz “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Significa que a pessoa se vê diante de opções difíceis, cujos efeitos são ruins, sobrando a ela a tarefa de escolher de que mal prefere padecer. No campo dos relacionamentos, há uma dessas situações, a qual é marcada por um sentimento negativo que gera ódio de um para com outro. Nesse caso, aquele que odeia tem de decidir como agirá para com aquele que é odiado por ele — e nenhuma das opções é boa.


A primeira opção é a da “hipocrisia”. Em lugar de resolver o que causa o sentimento negativo e pecaminoso, a pessoa resolve “esconder seu ódio” a fim de não ser malvista, de não causar para si problemas maiores ou de aguardar uma circunstância que julgue adequada para derramar seu ódio sobre o outro. De qualquer modo, ela assume uma atitude hipócrita e, lançando mão de “lábios mentirosos”, procura criar uma imagem externa bem diferente daquilo que se passa em seu coração. É claro que essa “máscara”, mais cedo ou mais tarde, cai e o que estava oculto vem à tona.


A segunda opção, que não é melhor que a primeira, é a “tolice”. Nesse caso, o tolo escolhe dar vazão ao sentimento na forma de ataques contra quem odeia com a intenção de feri-la e fazê-la sofrer. Uma das ferramentas mais escolhidas por quem quer agir assim é a difamação. Inventar mentiras ou distorcer a verdade é considerado um ótimo ataque por aquele que odeia. Todavia, o ódio lhe cega o suficiente para não perceber que a verdade costuma aparecer e que o mentiroso quase sempre é descoberto, razão pela qual é chamado de tolo.


Mas como sair desse dilema? Como escolher entre duas opções ruins? A resposta é escolher a terceira opção: o “perdão amoroso”. Significa deixar de lado o ódio, os sentimentos de despeito e mágoa, lembrando que não há ninguém perfeito, o que inclui cada um de nós. Assim, não adianta ser compassivo consigo mesmo e exigente com os outros. O melhor é ver em nós as falhas do pecado, mas ver em Cristo o exemplo do amor e do perdão a fim de imitá-lo. Nenhum “bicho” precisa nos pegar. Basta seguir o ensino de Pedro: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1Pe 4.8).

pr. thomas tronco

 COMENTAR

Acolher a disciplinaLeia a Meditação Anterior pr. thomas tronco

20 de janeiro de 2016

1  O título da meditção não é de autoria do Pr. Thomas Tronco.1