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1 de agosto de 2017

Lealdade a Cristo

Quando estava servindo o Exército, minha Turma tinha um moto quase igual aos dos Três Mosqueteiros: “Um por todos e todos por um!”. O objetivo do Comandante era ensinar lealdade a ele e uns aos outros. Segundo o Capitão, da lealdade dependeria nosso sucesso como Oficiais e da nossa união como militares. Posso afirmar que durante vários Treinamentos no campo, em momentos de crise, agimos com lealdade para manter o grupo unido e protegido, cuidando uns dos outros.


Na minha leitura de Hebreus 10.1-28 aprendi que o sacrifício expiatório de Jesus é superior aos sacrifícios do VT porque estes eram sombra dos benefícios e não podia aperfeiçoar o adorador (v.1), eram repetitivos e não limpavam a consciência (vv.2,11), faziam recordação anual de pecados (v.3), mas não podiam removê-los, embora fossem feitos dia após dia. Mas, aquele é a realidade dos benefícios (v.1), foi um único sacrifício pelos pecados (vv.10,12), por isso foi eficaz (v.12) e aperfeiçoou os adoradores (v.14), trouxe pleno perdão e purificou a consciência do adorador (v.22). Portanto, segue-se que, com base no que foi comprovado pelo escritor no capítulo 10, a superioridade de Cristo exige lealdade absoluta dos cristãos, pois ninguém pode manter-se neutro nem ficar sobre o muro.


Penso que o sucesso na vida cristã depende da nossa lealdade. Primeiro, lealdade a Jesus Cristo porque ele é o Filho de Deus e porque sua obra de expiação foi eficaz. E, segundo, lealdade à Igreja, o povo de Jesus, por quem ele morreu. Portanto, não há como ser leal a Jesus e desprezar sua Igreja. Lealdade se manifesta por meio de uma fé sincera a qual foi demonstrada pelos crentes do Velho Testamento (veja Hb 11), e, consequentemente, quem evidencia este tipo de fé escapará da disciplina de Deus (10.19 – 10.31). Mas, o escritor fez uma advertência dizendo que àqueles que rejeitam deliberadamente a Cristo e as responsabilidades da nova aliança cairão sob a mão disciplinadora de Deus – 10.26-31.


No Curso de Oficiais do Exército, nos anos de 1981/82, éramos trinta jovens. Um destes alunos não levou a sério as orientações do Capitão e não demonstrou ser leal, nem com a Turma nem com os nossos Comandantes. Ele vacilou, foi desonesto e não admitiu sua falha, por isso foi expulso do Curso. Hoje, após trinta e cinco anos, embora a vida tenha levado os outros vinte e nove oficiais por caminhos diferentes, ainda mantemos a amizade e nutrimos um profundo respeito uns para com os outros.


Queridos irmãos e irmãs, não estamos no Quartel, mas somos um povo, uma irmandade e fomos chamados por Deus para sermos leais a Seu Filho, Jesus Cristo, e, também para com a Igreja. Na comunidade da fé cada cristão deve manter fidelidade, pureza e santidade por causa do pacto de lealdade. Para terminar esta palavra de exortação quero destacar que a fé é uma atitude de confiança esperançosa que aguarda a recompensa (11.1-3); que os crentes do Velho Testamento demonstraram uma fé perseverante sem vacilar (11.4-38) e que o triunfo da fé aguarda com paciência o tempo de Deus (11.39-40).  Por isso, termino com o último versículo do capítulo que diz: “Nós, porém, [que somos leais – grifo meu], não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que creem e são salvos”.

pr. Sebastião Machado

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