Meditação © Amplo Publications
“O insensato faz pouco caso da disciplina de seu pai, mas quem acolhe a repreensão revela prudência”. Provérbios 15.5
Conheci dois irmãos que, apesar de fisicamente bastante parecidos, tinham personalidades e decisões bastante de diferentes. Educados sob a rigidez do comando paterno, um deles se submetia às orientações do pai e, mesmo quando não gostava das diretrizes dadas a ele ou não concordava com elas, as cumpria porque entendia muito bem seu lugar e seu papel na família. O outro irmão, zombando do primeiro, nunca se sujeitou a ninguém, muito menos ao seu pai. Era, segundo dizia, uma “mente livre”. Tomava suas próprias decisões e as fazia valer no grito. É certo que o segundo fez muito mais coisas que queria em sua juventude que o primeiro irmão. Hoje, porém, o primeiro, aquele que se submeteu às ordens e ensinos do pai, é um médico de sucesso e tem uma linda família, enquanto o irmão de “mente livre” tem apenas a mente em liberdade, pois está preso por crime contra o sistema financeiro. Seu desrespeito pelas ordens do pai se tornou desrespeito pelas leis e o final não foi nada agradável.
Esse texto revela o resultado de alguém cumprir ou não o ensino de Provérbios 1.8: “Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino de sua mãe”. A razão de um conselho como esse é o fato de o jovem, apesar do que pense de si mesmo, não tem conhecimento e experiência necessários para tomar as decisões e os rumos corretos em sua vida. Ele é um iniciante e, assim como qualquer um que comece suas atividades em certas áreas, não conhece todas as situações e consequências das suas escolhas e dos acontecimentos que o acometem. Por isso, tem de ouvir os mais experientes. Aquele que “revela prudência” é justamente o filho que “acolhe a repreensão”. Ele se deixa corrigir naquilo que erra e, consequentemente, deixa de cometer tantos erros, sendo capaz de aprender novas lições e continuar a se desenvolver na sabedoria.
Quem dera “o insensato” fizesse o mesmo! Não seria mais insensato se imitasse o sábio. Mas o que na verdade ocorre é que ele “faz pouco caso da disciplina de seu pai”. Em sua mente, seus pais são atrasados e despreparados para viver nos dias atuais. São como relógios de corda em um mundo digital. Como, então, poderiam ensinar algo ao filho tão ligado à modernidade e ao pensamento e hábitos recentes? Mas esse pensamento é tolo e faz com que o insensato rejeite o ensino e a correção, julgando saber tudo que é preciso. Essa propaganda que o tolo faz a si mesmo consegue convencê-
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