Meditação © Amplo Publications

10 de abril de 2017

Põe Guarda na Minha Boca!

“Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor” (Tg 3.1).



Uma irmã dirigia-se para a sala pastoral a fim de conversar com o pastor quando ouviu uma conversa ao telefone. O pastor estava falando com alguém do outro lado da linha e em tom apreensivo disse que estava em dúvida querendo ficar com a “outra” e deixar a “atual”. Ao ouvir tal conversa aquela irmã se afastou e comentou com um Presbítero que, por sua vez, comentou com alguns membros do Conselho sobre um caso extraconjugal do pastor. Os Presbíteros perguntaram se ele tinha provas, então aquele irmão disse que sim, pois ouvira o pastor falar ao telefone em trocar a esposa por “outra”. Infelizmente, ninguém procurou o pastor para confrontá-lo com seu “adultério”, mas a notícia se espalhou entre a igreja. Num domingo o pastor começou sua mensagem e percebeu que o clima estava tenso, pesado e todos estavam alheios ao seu sermão. Quando ele terminou a pregação, encerrou o culto com uma oração e se dirigiu à Igreja perguntando se havia algum problema que ele não estava sabendo. Então, um representante da Liderança expos o problema e falou sobre o “adultério” do pastor. O pastor pediu esclarecimentos sobre a “acusação” e solicitou “provas” do acusador. O irmão disse que uma irmã ouviu quando ele disse ao telefone que iria deixar sua esposa para ficar com a “amante”.


Meus queridos irmãos “a língua é um fogo”, ensina Tiago. Uma pequena fagulha que de início parece ser tão frágil podendo ser facilmente apagada com um sopro tem o potencial para incendiar um grande bosque causando destruição e morte. Aquela irmã ficou ofendida com a conversa que ouviu, então sua responsabilidade cristã era de confrontar o pastor com o seu pecado e se o seu líder a ouvisse e se arrependesse, então ela ganharia o irmão. Entretanto, sua conduta foi cruel, pois jogou labaredas de fogo no grande bosque da igreja.


Estamos estudando a epístola de Tiago e aprendendo sobre a necessidade de termos coerência da vida cristã. No trecho do capítulo 3 o escritor traz uma solene exortação para que os cristãos sejam coerentes no uso da língua. Salomão ensinou que “quando são muitas as palavras o pecado está presente” (Pv 10.19) e foi o que aconteceu naquela igreja. Hoje quero chamar sua atenção sobre o perigo de usar a língua como arma de destruição. Muitas vezes os cristãos agem com ar de espiritualidade espalhando boatos sobre outras pessoas sem dar-lhes o direito de se defenderem. Como você tem lidado com a questão da língua? Você tem passado no teste do bom uso dela ou tem sido derrotado?


Hei, e o pastor? Bom aquele pastor e sua esposa passaram por um grande constrangimento perante a igreja. Muito consternado e triste aquele homem de Deus explicou para sua congregação que ocorrera um equívoco, pois naquele dia ao telefone ele estava conversando com uma comissão que sondava a possibilidade dele assumir um novo ministério. Por isso, ele falou sobre sua dúvida em deixar “a atual” para ficar com “a outra”. Mas agora, após aquele episódio das línguas de fogo, crendo que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, ele estava pronto para aceitar o convite e assumir o ministério da “outra” igreja. Hoje este amado pastor está muito feliz com a “outra” desenvolvendo um bonito ministério e continua fiel com a única e “atual” esposa.

pr. Sebastião Machado

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