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10 de agosto de 2017

A Resposta Sincera e o Beijo

“A resposta sincera é como beijo nos lábios” (Pv 24.26 NVI).


Certa moça, ao se preparar para o dia da formatura, decidiu inovar seu visual conforme uma moda recém-lançada. Vestiu uma roupa que ela achou interessante, mas que fugia a todos os padrões utilizados para a ocasião em questão. Nem sempre inovar é ruim, mas há um limite muito tênue entre o novo e o feio e aquela moça ultrapassou esse limite de longe. Insegura, ela pediu a opinião de várias pessoas, as quais a elogiaram muito. Finalmente, ela perguntou à sua melhor amiga, que lhe respondeu diretamente: “Você está ridícula. Use seu vestido branco”. A resposta foi dura, mas foi correta. A moça seguiu o conselho e foi muito elogiada na formatura. Por coincidência, outra aluna tentou a mesma inovação no vestuário e foi o grande motivo de piadas da noite. O curioso é que a resposta mais sábia veio do modo menos agradável, mas da pessoa de maior confiança.


Salomão, como rei de Israel, era cercado por uma boa quantidade de pessoas que não agiam ou falavam com ele de modo sincero. Ao contrário, escondiam suas opiniões a fim de falar apenas o que julgavam que iria agradar ao rei. Isso geralmente acontece com pessoas ricas e poderosas. Contudo, esses homens costumam descobrir que palavras que são agradáveis, mas não verdadeiras, têm pouca utilidade em suas vidas. Sabendo disso, Salomão diz que “a resposta sincera é como beijo nos lábios”. Fica claro que o assunto é a sinceridade, ou a fala honesta. O que fica obscuro para os leitores do século 21 é a comparação entre a fala honesta e um “beijo nos lábios”. Atualmente, isso é realizado de modo romântico entre pessoas casadas ou enamoradas. Porém, o Antigo Oriente Médio tinha hábitos diferentes, de modo que esse era um gesto realizado por cônjuges, mas também por amigos íntimos, sendo interpretado por muitos estudiosos e comentaristas como “um sinal de amizade verdadeira” — por mais estranho que possa nos parecer na atualidade.


Resumindo, a fala honesta é uma marca da amizade verdadeira. O amigo de verdade não se preocupa com sua imagem pessoal ou com seu próprio bem-estar quando seu amigo corre risco de sofrer danos advindos de tolice e de escolhas erradas. Assim, como prova de verdadeira amizade, ele diz ao amigo o que precisa, mesmo que sejam palavras desagradáveis e difíceis de ouvir. Entretanto, ele o faz com extremo amor e preocupação. Essa aparente contradição não é estranha ao homem, já que está acostumado a tomar remédios doloridos e de gosto ruim que fazem bem à saúde e que curam doenças. Por isso, se você faz uma bobagem e ninguém lhe diz nada, nem lhe repreende, pode estar certo de que está cercado de amigos falsos que não merecem sua companhia. E se você vê seus amigos e irmãos seguindo caminhos errados e não lhes diz nada por covardia e por comodidade, pergunte-se: “Que tipo de amigo sou eu?”.

pr. thomas tronco

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