Meditação © Amplo Publications

14-dez_voce-esta-preparado

15 de dezembro de 2017

O Que Fazer na Provocação?

“A pedra é pesada e a areia é um fardo, mas a irritação causada pelo insensato é mais pesada do que as duas juntas” (Pv 27.3 NVI).



Na minha infância, conheci um menino que incomodava toda a vizinhança a cada final de semana. Sua família tinha uma casa que usavam todos os finais de semana localizada na rua paralela à minha. Ele passava os dias andando em uma pequena motoneta equipada com uma buzina muito alta e estridente que irritava todos os vizinhos. Havia gente que até passava mal de tanto nervoso, pois, depois de meses enfrentando a mesma provocação, é difícil manter a serenidade. Certo dia, meu pai resolveu conversar com o pai do menino. Fui com ele e vi que o pai não era menos tolo que o filho. No final de tudo, o próprio pai do rapaz passou a provocar o bairro. Que dia feliz quando eles venderam aquela casa!



Algumas situações são difíceis de suportar, como se fossem um grande peso para quem sofre com elas. Salomão se vale exatamente da figura do peso e introduz seu provérbio fazendo uma óbvia observação de que “a pedra é pesada e a areia é um fardo”. É claro, contudo, que sua atenção não está voltada para o peso das coisas, mas para a ideia do pesado sofrimento que às vezes temos de enfrentar. Nesse sentido, ele explica o tipo de sofrimento que tem em mente dizendo que “a irritação causada pelo insensato é mais pesada do que as duas juntas”. Essa “irritação” também poderia ser traduzida como “provocação”, visto que a mesma palavra expressa a ação de Penina sobre Ana, esposas rivais de Elcana, sendo que a primeira tinha filhos e a segunda, não (1Sm 1.2). Diz-se de Ana que, “porque o Senhor a tinha deixado estéril, sua rival a provocava continuamente, a fim de irritá-la” (1Sm 1.6). O resultado é que Ana ficou extremamente aflita, explicando ao sumo sacerdote que “estou orando aqui até agora por causa de minha grande angústia e tristeza” (1Sm 1.16).



Esse é um exemplo do que acontece quando o tolo resolve provocar ou irritar outras pessoas. Sua tolice o leva a ser insensivelmente insistente, além de não limitar nem seus esforços para irritar, nem os danos que irá causar. Por isso, o controle de danos deve ser feito por quem é sábio quando tem de enfrentar situações assim. O primeiro impulso é, como o tolo, explodir ou devolver na mesma moeda. Mas o sábio não age assim, pois sabe que essas situações tendem a se complicar cada vez mais até que causem danos permanentes. Assim, ele lança mão da sabedoria que aprendeu na Palavra de Deus para evitar a presença do tolo, para impedir que seu temperamento se deixe irritar, para perdoar e para responder como um verdadeiro servo de Deus. A vantagem é que o Senhor conhece o coração de cada um e ajuda seus servos a carregar o peso que é difícil demais de suportar. Conte com ele!

pr. thomas tronco

 COMENTAR

Leia a Meditação Anterior 1  O Pr. Thomas Tronco não deu título a esta meditação.1