Meditação © Amplo Publications

20-set_o-senhor-dos-furacoes

21 setembro de 2017

Vivendo de Maneira Exemplar

“Abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma”.  I Pedro 2.11



Plínio, governador da Bitínia (111 a 113) escreveu ao Imperador Trajano (98 – 117 d.C) pedindo orientações sobre como tratar os cristãos. O Governador queria uma direção sobre o que fazer e como fazer para punir aqueles que se diziam seguidores de Cristo. O que me chamou a atenção nesta carta foi o testemunho que Plínio deu sem querer sobre a vida dos cristãos do primeiro século, disse ele: “Os cristãos têm o costume de se reunirem num dia fixo, antes do nascer do sol, para cantar um hino a Cristo como a um deus; de obrigarem-se, por juramento, a não cometer crimes, roubos, latrocínios e adultérios, a não faltar com a palavra dada e não negar um depósito exigido na justiça. Findos estes ritos, tinham o costume de se separarem e de se reunirem novamente para uma refeição comum e inocente”.  Puxa, que Imperador ou Governante não gostaria de ter uma classe de pessoas assim sob seu domínio?



O apóstolo Pedro na sua carta “insistiu” com os cristãos “como peregrinos e forasteiros” neste mundo para que se abstivessem dos desejos carnais. Pedro passou dos privilégios para as responsabilidades. Ele usou uma expressão muito forte afirmando que estes desejos “guerreiam” contra a alma. Muitos cristãos são derrotados nesta guerra, porque são ingênuos sobre a natureza da batalha. A guerra é espiritual e, por isso, necessita contar com o poder de Jesus para o combate a fim de deleitar-se da vitória. Dalila usou de astúcia e foi minando a resistência de Sansão até destruí-lo. Os desejos carnais não são maus em si, mas devem ser submetidos à vontade de Deus. Nem tudo que queremos, de fato podemos, e nem tudo que podemos realmente devemos. Por exemplo, sexo é um desejo carnal e não é pecaminoso, mas deve ser realizado no lugar correto, casamento e com a pessoa certa, o cônjuge. Nossas escolhas devem ter como critério a glória de Deus. José agiu assim, primeiro fugiu da mulher que dava mole para ele, a esposa de Potifar, mas depois se casou e teve dois filhos com sua esposa.



Meus queridos, a carta de Plínio faz menção aos seus julgamentos e aponta três grupos: 1º). Os que negaram a Cristo por causa da pressão que sofreram do Governador; 2º). Os que se apostataram da fé por causa das ameaças de suplício; e, 3º). Os que permaneceram firmes na fé até o fim. Os dois primeiros grupos diante das ameaças do Governador renunciaram a fé, amaldiçoaram a Cristo e queimaram incenso ao Imperador, mas segundo Plínio “coisas estas que são impossíveis de se obter dos verdadeiros cristãos”.  Os cristãos da época de Plínio, o Jovem, levaram tão a sério o compromisso com o Salvador que o Governador chegou a dizer na sua carta que “os templos pagãos ficaram desertos”, “as solenidades sagradas foram interrompidas” e “a carne dos animais sacrificados aos deuses deixou de ser consumida”.  Tudo isso aconteceu porque aqueles cristãos levaram a sério a exortação do apóstolo e “viveram de maneira exemplar entre os pagãos”.


pr. sebastião machado

 COMENTAR

Leia a Meditação Anterior